quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Álcool durante a gravidez traz problemas no futuro

Fertilidade do filho é comprometida na fase adulta

Médicos dinamarqueses descobriram que mães que haviam bebido 4,5 drinques, ou mais, por semana, durante a gravidez, interferiram diretamente na quantidade de esperma produzida por seus filhos, posteriormente.

Segundo os pesquisadores, vinte anos após o nascimento destes meninos a concentração do esperma destes homens foi um terço menor em comparação às amostras seminais de homens que não foram expostos ao álcool, enquanto estavam no útero materno.


A quantidade da bebida que pode interferir na fertilidade masculina foi determinada pelos estudiosos, liderados por Cecilia Ramlau-Hansen, integrante do Departamento de Medicina Ocupacional do Hospital da Universidade de Aarhus, na Dinamarca: 12 gramas de álcool, o equivalente a um copo de 330 ml de cerveja, um pequeno (120 ml) copo de vinho ou um copo de aguardente (40 ml).

Os pesquisadores analisaram dados de 347 filhos de 11.980 mulheres com gestações únicas que foram recrutados para o estudo dinamarquês Healthy habits for two, que durou de 1984 a 1987.

As mães responderam a um questionário sobre o consumo de álcool, estilo de vida e saúde na 36ª semana de gravidez. Os filhos destas mulheres foram acompanhados entre 2005 e 2006 quando atingiram idades entre 18 e 21 anos. Foi realizada a coleta de amostra de sêmen e sangue.

Para fazer a pesquisa, os estudiosos dividiram os filhos em quatro grupos, que vão desde aqueles que foram menos expostos ao álcool - suas mães tinham bebido menos de um drinque por semana.

Este era o grupo de referência em relação aos demais grupos que foram avaliados: aqueles onde estavam os filhos cujas mães beberam 1-1,5 bebidas por semana, 2-4 drinques por semana, ou 4,5 ou mais drinques por semana.

Os filhos de mães que beberam 4,5 ou mais bebidas alcoólicas, por semana, apresentaram concentrações de esperma média de 25 milhões por mililitro, enquanto os filhos que foram menos expostos ao álcool apresentaram concentrações de espermatozóides de 40 milhões / ml.

A Organização Mundial de Saúde define como "nível normal" de concentração espermática 20 milhões / ml ou mais. De acordo com Cecilia Ramlau-Hansen, "a baixa concentração de espermatozóides nos homens mais expostos ao álcool está bastante próxima do limite mínimo que a OMS define para a fertilidade masculina. A probabilidade de concepção aumenta com a concentração espermática. Portanto, é possível que homens mais expostos ao álcool poderiam ser menos férteis do que os menos expostos", conclui.
 
"Como o estudo foi observacional, não podemos dizer com certeza que o álcool é o responsável pela menor concentração de espermatozóides. É muito provável que a ingestão de álcool durante a gravidez tenha efeitos nocivos sobre a formação dos tecidos fetais produtores de esperma, o que provocaria a baixa qualidade do sêmen na vida adulta. Ainda assim, o estudo é pioneiro, mas outras pesquisas neste campo precisam validar o nexo de causalidade que encontramos para serem criados limites para a ingestão de álcool durante a gestação", afirma a estudiosa.

Os pesquisadores investigaram também se o consumo de álcool pelo pai poderia ter algum efeito sobre a produção espermática dos filhos.

"Investigamos a associação entre a ingestão de álcool total dos pais e a qualidade do sêmen dos filhos e descobrimos que a ingestão de álcool paterna não foi associada com o volume de sêmen ou a concentração de espermatozóides", informou Cecilia Ramlau-Hansen.

O consumo de álcool durante a gestação

Já sabíamos que a bebida alcoólica pode causar sérios problemas ao feto. A ingestão de álcool durante a gestação, eventualmente, pode provocar problemas com o feto, que vão do retardo de desenvolvimento à chamada Síndrome Alcoólica Fetal. Não há nenhum estudo que assegure existir uma quantidade segura para a ingestão de álcool, durante a gravidez. 
 
Ao contrário do que se pensava antes, os efeitos nocivos do álcool não se fazem sentir apenas no primeiro trimestre da gestação, período crucial para o desenvolvimento embrionário.


Um estudo norte-americano mostrou que o abuso de bebida durante o segundo trimestre está associado à dificuldade dos filhos para aprender a ler e a escrever.

Agora, com o estudo dinamarquês, acrescentamos outra razão para insistir na proibição de álcool durante a gestação pelas mulheres.

Se a pesquisa dinamarquesa revelou que o consumo de álcool materno é uma das causas da baixa concentração de sêmen na descendência masculina, podemos estar mais perto de uma explicação para um fenômeno atual: o porquê a qualidade do sêmen pode ter diminuído, nas últimas décadas, em alguns grupos populacionais.

Se a exposição ao álcool na vida fetal provoca baixa qualidade seminal na vida adulta, populações onde as mulheres grávidas consomem muito álcool apresentariam, de uma maneira geral, baixa fertilidade masculina, em comparação com populações onde as mulheres grávidas não bebem.

Fonte: http://yahoo.minhavida.com.br/conteudo/11948-Alcool-durante-a-gravidez-traz-problemas-no-futuro.htm
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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Comprovada presença de anticorpos contra o rotavírus no leite materno

Estudo inédito foi desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com o Instituto Butantã

É extensa a lista dos benefícios à saúde proporcionados pela amamentação o leite materno é rico em nutrientes, vitaminas e agentes imunológicos e contribui para o desenvolvimento intelectual, psíquico e emocional do bebê. A prática é tão importante que o Ministério da Saúde preconiza o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e a manutenção da amamentação até os dois anos de idade.

Confirmando a importância da amamentação para a formação do sistema imunológico dos bebês, estudo desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com o Instituto Butantã identificou a presença de anticorpos contra o rotavírus no leite humano. Os resultados inéditos serão apresentados no 5º Congresso Brasileiro / 1º Congresso Iberoamericano de Bancos de Leite Humano, que ocorrerá de 28 a 30 de setembro, em Brasília.


A análise do leite humano de mulheres não vacinadas contra o rotavírus identificou a presença de anticorpos no leite materno que podem proteger os bebês contra as doenças diarréicas provocadas pelo vírus" , resume a pediatra Virgínia Spinola Quintal, coordenadora do Banco de Leite Humano do Hospital Universitário da USP. Virgínia informa que o sorotipo do vírus estudado o rotavírus g9p é um dos sorotipos presentes na atual vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde e tem prevalência emergente no Brasil.

A quantificação dos níveis de anticorpos presentes no leite humano mostrou que a concentração de agentes imunoprotetores contra o rotavírus varia de mãe para mãe aspecto que ainda será esclarecido pelos pesquisadores. Virgínia explica que, como as mulheres têm concentrações diferentes de anticorpos, não é possível assegurar que, em todos os casos, a mãe transmitirá quantidade suficiente de anticorpos para proteger a criança. Por isso, a vacinação deve permanecer.


"O estudo sugere uma avaliação mais profunda do efeito protetor do aleitamento materno sobre a infecção pelo rotavírus, considerando a possibilidade de interferência da amamentação na resposta da criança à vacina. Os resultados desta investigação podem colaborar para a revisão da atual estratégia de vacinação contra o rotavírus" , a pesquisadora apresenta.

Atualmente, a vacina contra o rotavírus é administrada por via oral em duas doses, aos dois e aos quatro meses de vida. Não há associação com a amamentação porque o efeito protetor do leite humano contra o rotavírus ainda não era conhecido. "É preciso entender como os anticorpos do leite humano e os componentes da vacina interagem, para verificar se a proteção transmitida pela mãe pode neutralizar o efeito da vacina. O objetivo é propor novas estratégias de imunização contra o rotavírus, combinando amamentação e vacinação" , Virgínia adianta.

Os resultados comprovam a eficácia do aleitamento materno como estratégia para a redução da mortalidade infantil uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). As doenças diarréicas estão entre as principais causas de óbito entre crianças menores de cinco anos e a amamentação é internacionalmente reconhecida como estratégia eficaz para redução do problema.

O 5º Congresso Brasileiro / 1º Congresso Iberoamericano de Bancos de Leite Humano reunirá em Brasília representantes dos 23 países que compõem o Programa Iberoamericano da Bancos de Leite Humano (IberBLH), coordenado pela Fiocruz. O Brasil é pioneiro na área e concentra, em todo o país, 200 bancos de leite humano, que compõem a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RedeBLH). O impacto da iniciativa sobre a saúde pública é tão significativo que, em 2001, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a RedeBLH como a ação que mais contribuiu para a redução da mortalidade infantil no mundo, na década de 1990.

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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Cinematerna - 14 de setembro - terça-feira


Filme: Nosso Lar

Dia: 14 de setembro - terça-feira

Local: Cinemark Iguatemi Campinas - Campinas - SP

Horário: 14h

Elenco: Fernando Alves Pinto, Othon Bastos

Direção: Wagner de Assis

País de Origem: Brasil

Gênero: Ficção

Duração: 102min

Classificação Indicativa: 10 anos

Site Oficial: www.nossolar.com.br

Sinopse

Ao abrir os olhos, André Luiz sabe que não está mais vivo. embora sinta fome, sede, frio, ele percebe que não pertence mais ao mundo dos encarnados. Ao seu redor, uma planície escura, desértica, tenebrosa, marcada por gritos e seres que vivem à sombra. As dúvidas e as dores intensificam-se. Que destino seria esse? A trajetória deste médico bem-sucedido pelo mundo espiritual é a história de Nossa Lar. Após o sofrimento nessas zonas purgatórias, ele é levado para cidade que intitula o filme. Novas lições e conhecimentos, marcados ainda por momentos de dos e sofrimento, estão no caminho deste homem, que enquanto aprende como é a vida em outra dimensão, também anseia voltar à Terra e rever a família. Só que ao conseguir ver entes queridos, André Luiz percebe a grande verdade - A vida continua para todos.
 
Assista ao trailer
 
Fonte: http://www.cinematerna.org.br/web/Programacao.aspx?ProgID=304
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domingo, 5 de setembro de 2010

Estudo inédito revela que alguns pais também produzem hormônio ligado à maternidade

IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO
 
Pela primeira vez, um estudo mostrou o papel do hormônio ocitocina na criação de vínculos afetivos entre o pai e o filho recém-nascido.
 
Essa substância já é conhecida por estimular as contrações uterinas no trabalho de parto, a ejeção do leite na amamentação e a criação de laços entre mãe e bebê.

Mas a nova pesquisa, publicada no periódico "Biological Psychiatry", avaliou o efeitos do hormônio da maternidade em homens que eram pais pela primeira vez.

As conclusões são estimulantes para essa geração de homens que participa mais na criação dos filhos.

Estudo inédito mostra que a produção de ocitocina também dispara em homens mais envolvidos com seus bebês

SEM DAR DE MAMAR

Os pesquisadores descobriram que, embora a lactação seja um poderoso estímulo à produção de ocitocina, não é preciso dar o peito para que isso ocorra.

Os níveis de hormônio foram medidos nos 160 participantes do estudo (80 casais) seis semanas após o nascimento do bebê e logo após ele completar seis meses.

Constatou-se que a concentração de ocitocina nos homens era igual à das mães de seus filhos. Isso sugere, segundo os pesquisadores, que os mecanismos que regulam os níveis do hormônio também estão ligados ao relacionamento do casal.

Além disso, o estudo mostrou uma forte associação entre os níveis de ocitocina e a capacidade paterna de se relacionar com seu bebê.

Não se sabe se o aumento de hormônio é causa ou efeito do comportamento. Mas foi verificada a relação entre a ocitocina e as atitudes dos pais com as crianças.

Elas são diferentes para pais e mães. Nelas, troca afetuosa de olhares, carinhos e palavras maternais são os comportamentos associados ao aumento da ocitocina.

Nos pais, a alta do hormônio ocorre quando ele estimula o filho -por exemplo, mostrando objetos ou fazendo com que agarre sua mão.

"Isso é lindo. Mostra que a ocitocina é quase um medidor biológico da capacidade de um homem permanecer cuidando de sua família", diz a endocrinologista Vânia Assaly, membro da International Hormone Society.

O endocrinologista Luís Eduardo Calliari, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, conta que alguns estudos em animais já indicavam algo semelhante.

Foram observados dois tipos de ratos: um que cuidava de sua prole, "constituía família", e outro que abandonava a fêmea depois do acasalamento. Os animais fiéis tinham concentrações de ocitocina bem maiores do que as dos ratos canalhas.



CAUSA OU EFEITO?

"Teoricamente, [o hormônio] pode estar relacionado ao envolvimento do pai. Mas, como em outros estudos sobre ocitocina e comportamento humano, esse não é conclusivo. Não dá para saber se o aumento da substância é causa ou efeito do comportamento", diz Calliari.

Vários estudos feitos com o hormônio (leia acima) sugerem que ele age como modulador do comportamento. O aumento da ocitocina deixa a pessoa mais generosa, compreensiva, amorosa.

Calliari pondera: "Isso pode indicar que vale a pena deixar o pai mais perto do recém-nascido, para facilitar a criação de vínculos".

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/788507-estudo-inedito-revela-que-alguns-pais-tambem-produzem-hormonio-ligado-a-maternidade.shtml
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sábado, 4 de setembro de 2010

Campinas busca reduzir cesarianas

02/09/2010

- Incentivos aos hospitais que cumprem meta de reduzir cesarianas já são dados pela prefeitura

- Plano de saúde Unimed decide aumento de 80% no pagamento para médicos que optarem por nascimentos sem intervenção cirúrgica

- Poder público e iniciativa privada adotam incentivos financeiros para estimular parto normal

Kátia Sacchetto, grávida de 8 meses, quer parto normal

           O MPF (Ministério Público Federal) – que quer forçar a redução das cesarianas no Brasil por meio de açãocontra a ANS (Agência Nacional de Saúde Complementar) – tem parceiros em Campinas.
           Na rede municipal de Saúde, há um incentivo financeiro pago aos hospitais e maternidades conveniadas com a Prefeitura de Campinas para aqueles que não ultrapassarem o teto de 35% de partos cesarianas. O índice recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) é de 15%.
          A Unimed/Campinas, convênio particular, vota hoje no conselho um aumento de 80% na remuneração de obstetras, anestesistas e pediatras que optarem pelo parto normal. Segundo o presidente da cooperativa, Plínio Conte de Faria Júnior, 95% dos 6 mil partos anuais são cesarianas. Hoje, são pagos R$ 300 para ambos os tipos de parto. Segundo ele, o equilíbrio financeiro se dará com a economia do custo de internação das mães e das crianças. “Uma cesárea obriga a internação por três dias. O normal exige apenas um dia”, disse.
        Na rede pública, a equação muda. Segundo o coordenador da Saúde da Mulher, Fernando Brandão,
pelo SUS (Sistema Único de Saúde) 46% são cesarianas e 55% normais. “Existe uma cultura da opção pela cesariana no Brasil. Em nossas unidades, mostramos às mulheres os benefícios do parto normal”, disse Brandão.

2 milhões de partos foram realizados no Brasil pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em 2009.   
  Desse total, 687,4 mil foram cesarianas.

Fonte: http://publimetro.band.com.br/pdf/20100902_MetroCampinas.pdf
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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Pilates pode ser um bom aliado da vida sexual

Por Isis Brum

São Paulo, 2 (AE) - O pilates não serve apenas para melhorar a flexibilidade do corpo e a postura. Ele também pode ser um bom aliado da vida sexual. Os exercícios, explica o fisioterapeuta Sergio Machado, um dos sócios da Metacorpus Pilates, trabalham sistematicamente a musculatura abdominal e o assoalho pélvico. No caso das mulheres, o fortalecimento dessas regiões leva ao melhor controle dos músculos da vagina, ampliando seu potencial de prazer e também o do companheiro.


De acordo com Machado, os benefícios do Pilates começam a surgir já no terceiro mês de atividade regular. "Em três meses de aula, três vezes por semana, a pessoa tem um corpo novo", garante ele. O controle da respiração é parte determinante para os bons resultados dos exercícios. "Melhora a harmonia e a percepção corporal, direcionando o esforço para determinada região", completa.

Instrutora de pilates há dois anos na Academia Vila Olímpica, em Santo Amaro, Mercês Regina da Silva acrescenta que o praticante do método tem mais resistência física para prolongar o ato sexual e mais sustentação muscular para variar as posições. "Como ganha força e resistência, o corpo não fica tão cansado", observa a profissional.

Cristiane Siqueira, de 24 anos, começou a praticar o pilates há pouco mais de um mês. Se o sexo melhorou, a resposta, segundo Cristiane, veio com a aprovação do namorado. "O pilates dá mais resistência física e mais flexibilidade, que são importantes para o sexo", comenta. Ela garante que, após três meses, já conseguia sentir os benefícios dos exercícios e lamenta, agora, só poder frequentar a academia duas vezes por semana.

Para o diretor do Instituto para Saúde Sexual (Ibrasexo), Alfredo Romero, a prática de exercícios é sempre positiva para um bom sexo. "A vida sexual dos casais se norteia por padrões de boa saúde", afirma. Isso significa, para ele, não apenas um corpo livre de doenças, mas também com peso adequado e movimentação frequente. Segundo o especialista, quase todos os pacientes que apresentam problemas de disfunção sexual têm sobrepeso ou são obesos.

Romero diz que o pilates é uma boa opção para manter o corpo bem-disposto, flexível e alongado. "Esse método une ginástica com fisioterapia e pode ser praticado por pessoas de qualquer idade", avalia. "O pilates devolve o equilíbrio e a elasticidade e reúne uma quantidade de movimentos que poucos exercícios trabalham de uma só vez", completa. O ideal, garante o profissional, é fazer os exercícios durante uma hora por dia.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/02092010/25/entretenimento-pilates-bom-aliado-da-vida.html
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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

MPF quer que ANS regulamente cesáreas feitas por planos de saúde

Objetivo é diminuir ou evitar a realização de cirurgias desnecessárias e incentivar o parto normal

Julia Baptista, do estadão.com.br

SÃO PAULO - O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo informou nesta terça-feira, 24, que entrou com ação civil pública para que a Justiça obrigue a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a expedir, dentro de um prazo a ser definido, uma regulamentação dos serviços obstétricos realizados por planos de saúde privados no País. O objetivo é diminuir ou evitar a realização de cirurgias cesarianas desnecessárias.


O MPF pede que a regulamentação obrigue as operadoras de planos privados de saúde e hospitais a credenciar e possibilitar a atuação dos enfermeiros obstétricos no acompanhamento de trabalho de parto e do parto.

A regulamentação ainda deve criar indicadores e notas de qualificação para operadoras e hospitais específicos, visando à redução do número de cesarianas, e estabelecer que a remuneração dos honorários médicos a serem pagos pelas operadoras seja proporcional e significativamente superior para o parto normal em relação à cesariana, em valor a ser definido pela ANS.

Para o MPF, todos os estudos desenvolvidos sobre o tema levam a concluir que a realização de uma cirurgia cesariana implica em maiores riscos de morte materna e fetal, em comparação ao parto normal, além de outras complicações. A opção pela realização da cirurgia se justifica unicamente se existirem outros riscos para o nascimento por parto normal, que sejam maiores e mais graves que os causados pela cesárea.

Excesso

O MPF apurou também que o problema do excesso do número de cesáreas é reconhecido pelo poder público e por todos os demais setores envolvidos. No entanto, o ministério informou que nenhum órgão ou entidade compareceu aos autos, eventos e reuniões nem sequer apresentou documentos para defender a legitimidade e o benefício em se manter a taxa de cesárea do setor suplementar de saúde em 80% dos nascimentos.

Também foi constatado pelos procuradores que as altas taxas de cesáreas existentes no setor privado de saúde se devem ao fato de que a maioria dos médicos que realiza partos é remunerada pelo plano de saúde e não pratica partos normais por causa da demora do procedimento cirúrgico e ao fato de a remuneração para ambos os procedimentos ser a mesma, tornando-se financeiramente interessante optar pela cesárea.

Fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,mpf-quer-que-ans-regulamente-cesareas-feitas-por-planos-de-saude,599728,0.htm
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sábado, 14 de agosto de 2010

Cinematerna - 17 de agosto - terça-feira


Filme: O bem amado

Dia: 17 de agosto - terça-feira
Local: Cinemark Iguatemi Campinas - Campinas - SP

Horário: 14h

Elenco: Marco Nanini, José Wilker

Direção: Guel Arraes

País de Origem: Brasil

Gênero: Comédia

Duração: 107min

Classificação Indicativa: 12 anos

Site Oficial: http://www.obemamado.com.br/

Sinopse

Odorico Paraguaçu (Marco Nanini) é o prefeito da cidade de Sucupira. Pilantra, ele tem uma plataforma de campanha: erguer um cemitério na cidade. O problema é que, após a construção, ninguém morre para inaugurar o local.
 
Assista ao Trailer!

 
Fonte:http://www.cinematerna.org.br/web/Programacao.aspx?ProgID=264
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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Parteiras buscam parceria com profissionais de saúde e apoio do SUS

Hoje, cerca de 30% dos partos no País são domiciliares, segundo subsecretária de Direitos Humanos

Terça, 09 de Agosto de 2010, 18h32

BRASÍLIA - A inclusão do parto domiciliar assistido por parteiras no Sistema Único de Saúde (SUS) será discutida até esta sexta-feira, 13, em Brasília, por profissionais de saúde, parteiras, gestores, representantes de organizações não governamentais e pesquisadores de 15 Estados brasileiros. Eles participam do Encontro Nacional de Parteiras Tradicionais: Inclusão e Melhoria da Qualidade da Assistência ao Parto Domiciliar no Sistema Único de Saúde.


Ainda hoje, cerca de 30% dos partos feitos no País são domiciliares, informa a subsecretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Lena Peres. Segundo ela, a alta porcentagem se deve ao fato de que as parteiras vêm se modernizando, com o incentivo aos exames pré-natal - que garantem um parto mais seguro - e atuando também nas casas de parto de centros urbanos.

De acordo com Lena, a partir do reconhecimento do SUS as parteiras poderão ser cadastradas, receber qualificação para orientar as mães sobre os cuidados com os bebê e ter acesso a materiais (como luvas e álcool) e transporte no caso de complicações no parto, além de fichas de identificação para facilitar o registro civil. Elas também buscam o direito a remuneração e aposentadoria.

 É comum encontrar parteiras no interior do Norte e do Nordeste, em geral em regiões pouco urbanizadas. Elas costumam passar vários dias na casa da parturiente até que a mulher se recupere depois do nascimento do filho. É a parteira que cuida da mãe, do bebê e dos afazeres domésticos. A maioria não cobra pelo serviço, mas a família dá uma contribuição, que costuma ser pequena por se tratar de regiões pobres.

Segundo a consultora de temas ligados à saúde da mulher, Nubia Melo, o nascimento domiciliar assistido por parteira já é responsabilidade do SUS, mas os acordos assinados nesse sentido têm pouco efeito prático. “Nos locais onde elas atuam, a realidade é de abandono, exclusão e atuação isolada. Obviamente esse isolamento aumenta o risco, pois a mulher que ela assiste é a que tem menos acesso ao pré-natal”, disse.

Além do isolamento, muitas sofrem com o preconceito de profissionais de saúde, como relata Edite Maria da Silva, moradora de Palmares (PE) e parteira há 44 anos. “Cada vez somos mais desprezadas por médicos e chefes de saúde, que dizem para a mulher não fazer parto tradicional porque a criança pode estar numa posição errada para nascer. Mas, em quatro décadas, já peguei menino até pelo bumbum e ele e a mãe passaram bem. O médico também não pode subir o morro, acompanhar a mulher e acudi-la de madrugada, enquanto nós fazemos o que precisar, colocando amor e conhecimento nas mãos para pegar a criança”, afirma.

 A dificuldade de integração entre o trabalho feito pelas parteiras e a estrutura de saúde pública também foi citada como um dos motivos para a necessidade de a profissão ser reconhecida pelo SUS. “Parteiras são barradas em maternidades quando querem acompanhar a mulher ou pedir materiais, mas elas são as verdadeiras profissionais de saúde da floresta, porque são formadas lá e têm mas experiência do que quem tem a teoria”, disse Edna Brandão, da tribo Shanenawa (AC), coordenadora de uma organização de mulheres indígenas. Apesar de depender de um conhecimento tradicional, normalmente repassado de mãe para as filhas, o trabalho dessas mulheres é, às vezes, a única alternativa de apoio às gestantes.

Fonte: http://m.estadao.com.br/noticias/vidae,parteiras-buscam-parceria-com-profissionais-de-saude-e-apoio-do-sus,592651.htm
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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Mais Você apresenta o lindo trabalho das doulas

O maior desejo de uma grávida é que tudo corra bem na hora do parto, não é mesmo? Isso costuma gerar muita ansiedade, principalmente nas mães de primeira viagem. Antigamente, as mulheres viviam mais próximas de suas famílias. A maioria delas fazia parto normal e esse conhecimento era passado de mãe para filha.


Como isso acontece cada vez menos, muitas mulheres que optam pelo parto normal se sentem inseguras e somente a orientação médica não acalma a ansiedade delas. É aí que entra o trabalho da doula. Você já ouviu falar? Doula é a acompanhante que ajuda a mulher na hora do parto. Dá apoio, orienta e fica ali do lado principalmente quando o parto é normal.

O acompanhamento de uma doula particular custa em média R$ 600 e existem cursos que formam estas profissionais. Nas aulas, as futuras doulas não recebem nenhuma formação específica, seja em medicina, ou psicologia. Elas simplesmente são preparadas pra identificar as dificuldades mais comuns na hora do parto e proporcionar conforto e segurança às mulheres.

Marcele Ribeiro é professora de ioga e descobriu há dois anos a atividade de doula, por experiência própria. Contratou uma para ajudá-la na primeira gravidez e gostou tanto que resolveu se tornar uma também.

O que essas mamães de hoje estão descobrindo, na verdade não é nenhuma novidade. O papel da doula existe há milênios. Em grego, a palavra quer dizer: mulher que serve. Mas não precisa nem ir tão longe. Na nossa história mesmo, até algumas décadas atrás, a maioria das mulheres dava a luz em casa e eram as mães ou parentes das gestantes que faziam o trabalho de doula, junto com as parteiras.

Hoje, o valor desse apoio é reconhecido pelo Ministério da Saúde, que incentiva a presença de doulas voluntárias nas maternidades públicas.
Para falar mais sobre o assunto, Ana Maria conversou com a doula Maria de Lourdes Teixeira, mais conhecida como Fadynha. Ela também recebeu mães que contaram com a ajuda da doula em seus partos. “Sou uma das doulas mais antigas do Brasil. Comecei quando as grávidas começaram a pedir que eu as acompanhasse nos partos, na época em que dava aula de ioga. Foi espontâneo”, disse.

Por sua vez, a mãe Viviane Varela contou que cresceu com a ideia de que o parto normal era difícil. “Mas acabei optando por esse tipo de parto. Vi o nome da Fadynha, tive todas as informações dela e foi ótimo. Fiquei muito surpresa com a minha ignorância sobre o assunto. Havia muita coisa bonita do parto que eu não sabia. Sou grata a ela primeiramente pelas informações que recebi. O parto pode, sim, ser prazeroso”, contou.
Fadynha explicou que existem dois tipos de doula. “Existe a doula de parto e a que faz o acompanhamento somente após o parto. É bom lembrar que a doula não pode interferir no nascimento. Ela se incorpora à equipe e acompanha o processo”, explicou.
 
Assista o video!! A matéria ficou ótima = )
 
                        
 
Fonte: http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL1612809-10345,00-MAIS+VOCE+APRESENTA+O+LINDO+TRABALHO+DAS+DOULAS.html
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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mulheres têm direito garantido por lei de acompanhamento durante o parto

O Jornal Hoje flagrou maternidades cobrando ilegalmente a taxa para acompanhante na hora do parto. Tem família que chega a gastar R$ 100.

Eunice Ramos - Cuiabá 

Toda mulher grávida tem direito a um acompanhante durante o parto. É uma garantia prevista em lei.


O Jornal Hoje flagrou maternidades cobrando ilegalmente a taxa para acompanhante. Tem família que chega a gastar R$ 100. Esta reportagem foi pedida pelos nossos telespectadores.

Com uma micro-câmera, nossa equipe percorreu quatro maternidades de Cuiabá e confirmou a cobrança. Em um dos hospitais, o pai pode assistir ao parto sem custo, mas se for outra pessoa a taxa é cobrada. O valor varia de um hospital para outro.

Melissa queria dividir com o marido a chegada do primeiro filho, mas esse desejo teve um custo: uma taxa de R$ 100. “Eu acho um absurdo, porque eu acho que o marido ou a mãe, as pessoas que estão diretamente ligadas têm o direito de assistir, de poder filmar, fotografar, registrar esse momento tão especial, tão lindo, da vida das pessoas”, diz ela.

Nem toda a gestante sabe, mas a cobrança de uma taxa extra para que uma pessoa da família ou amiga possa ficar com ela durante o parto é ilegal. Segundo o Procon, ter um acompanhante sem nenhum custo adicional é um direto garantido por lei.

A lei que entrou em vigor em 2005, diz que pelo SUS a gestante tem direito a um acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto, que são as primeiras 24 horas após o nascimento do bebê.

Uma Resolução Normativa da Agência Nacional de Saúde, que entrou em vigor no dia 07 de junho, também obriga os Planos de saúde a incluírem a cobertura do acompanhante neste período.

“Se há a lei, deve ser obedecida. Quando se cobra este preço, geralmente é para inibir a presença do acompanhante dentro daquela instituição”, afirma José Ricardo de Mello, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde particulares e Filantrópicos.

Em hipótese alguma o hospital pode cobrar taxa extra do acompanhante ou impedir a presença dele quando for pelo SUS. “Tanto o PROCON como a agência, quando se tratar de planos de saúde, são órgãos administrativos que podem aplicar multas. Multas essas que variam de R$ 300 reais à R$ 3 milhões de reais, mas para isso é importante que o consumidor denuncie”, explica Gisela Viana, superintendente do PROCON/MT.

Foi o que Jamile Fleury Ferreira fez quando soube que não poderia ficar com a mãe durante o parto. “As pessoas precisam saber que existe essa lei, que é direito de cada um. Tem que ir atrás, como eu consegui, todos vão conseguir. Se todo mundo exigir, vai ser cumprida!", diz.

“Você se sente mais segura, se sente melhor sabendo que tem alguém ali olhando na hora em que o bebê nasce, vendo tudo, registrando, você fica mais tranquila”, garante Maria Aparecida Verlangieri do Carmo, médica.

Assista o Video!

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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Situação do aleitamento materno em São Paulo é crítica

Por Rodrigo de Oliveira Andrade e Samuel Antenor
06/08/2010

Pesquisadores do Instituto de Saúde (IS) da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), com apoio da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (MS), realizaram, durante a 2ª fase da campanha de multivacinação de 2008, a II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal – PPAM/Capitais e DF, a fim de obter dados sobre a situação da prática do aleitamento materno no país. O objetivo do estudo foi analisar a evolução dos indicadores de aleitamento materno (AM) no período de 1999 a 2008, identificar grupos populacionais mais vulneráveis à interrupção do AM e avaliar práticas alimentares saudáveis e não saudáveis. Além de todas as capitais e DF, participaram do estudo mais 200 municípios brasileiros.


A PPAM debruçou-se, também, sobre a influência da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) sobre as taxas de amamentação no país. Para isso, foram analisadas informações das 120.125 crianças incluídas no estudo, sobre seus respectivos hospitais de nascimento, tornando possível identificar que 28,9% delas haviam nascido nesses hospitais. A IHAC foi lançada em 1991 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), junto ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com o objetivo de promover a amamentação nas maternidades e garantir o cumprimento do Código Internacional de Comercialização dos Substitutos do Leite Materno.

Aleitamento materno requer atenção em SP

Dentre as regiões inseridas na pesquisa, a Sudeste foi a que apresentou maior número de municípios envolvidos no inquérito. No caso de São Paulo, 77 municípios participaram da coleta de dados, referente à prevalência de crianças menores de 1 ano que foram amamentadas na 1ª hora de vida. Desses, 49 apresentaram prevalências superiores à média nacional. No entanto, embora o estado São Paulo possua 36 hospitais credenciados na IHAC, mais de 27 municípios paulistas tiveram índices de prevalência de amamentação na 1ª hora de vida inferiores aos da média brasileira (67,7%), incluindo grandes cidades como São Paulo, Campinas e Santos. Para Sonia Venâncio, pesquisadora do Instituto de Saúde e coordenadora do estudo, “é fundamental ampliar o número de hospitais amigos da criança no estado, tendo em vista que estudos nacionais e internacionais têm mostrado o impacto positivo dessa iniciativa sobre os indicadores de amamentação”.

Ao todo, em São Paulo, 62,4% das crianças tiveram o AM na 1ª hora de vida, índice menor que a média nacional, embora percentualmente maior que o encontrado na Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde, de 2006 – PNDS/2006 (43%). Nacionalmente, no entanto, constatou-se que há maior proporção de crianças menores de um ano amamentadas na 1ª hora de vida entre as que nasceram em HAC (71,9%), quando comparadas àquelas nascidas em maternidades não credenciadas na Iniciativa (65,6%).

No que se refere às práticas de aleitamento materno exclusivo em menores de seis meses no estado de São Paulo, 39,1% das crianças analisadas se alimentaram apenas do leite da mãe. Em 38 municípios paulistas as prevalências foram superiores à média nacional e 39 municípios, incluindo a capital, apresentaram prevalências de AM exclusivo inferiores à prevalência do Brasil (41%), mas superior à média registrada no PNDS de 2006 (39,8%). Quanto à proporção de crianças menores de seis meses amamentadas exclusivamente no dia anterior à pesquisa, verificou-se que, no Brasil, 50% delas nasceram em HAC, enquanto que 46% nasceram em maternidades não credenciadas à Iniciativa. Por fim, em relação ao aleitamento materno em crianças entre 9-12 meses, 59 municípios paulistas apresentaram médias inferiores à prevalência do Brasil. Ainda de acordo com a pesquisa, nos 77 municípios do Estado de São Paulo, 48,75% das crianças entre 9 e 12 meses receberam leite materno. No Brasil, a média foi de 58,74%, sendo a região Norte a apresentar, dentre todas, a melhor situação, com 76,9% das crianças amamentadas nessa faixa etária.
Situação no Brasil

Observou-se que, em todas as regiões do país, as probabilidades de as crianças estarem sendo amamentadas nos primeiros dias de vida são superiores a 90%, com queda mais acentuada após o quarto mês. A análise da situação do Brasil, no que diz respeito à situação do aleitamento materno, de acordo com parâmetros propostos pela OMS, constatou, ainda, que, em relação ao AM na 1ª hora de vida, todas as capitais e Distrito Federal apresentam uma situação considerada “boa”. Já em relação ao aleitamento materno exclusivo em menores de 6 meses, apesar dos avanços do país, 23 capitais ainda se encontram em uma situação considerada “ruim”, segundo a OMS, com apenas 4 capitais em “boa situação”.

Apesar da evidência de uma significativa melhora da situação entre 1999 e 2008, ainda é distante o cumprimento das metas propostas pela OMS e o Ministério da Saúde, por meio da Política Nacional de Aleitamento Materno, criada em 1981. Entretanto, de acordo com Venâncio, a comparação dos resultados alcançados a partir da análise dos dados coletados na pesquisa com aqueles provenientes do estudo realizado nas capitais em 1999 poderá fornecer informações importantes para a avaliação das ações de incentivo à amamentação no país, "bem como para o planejamento de estratégias futuras", afirma.

Ação global

“Amamentação: apenas dez passos para um bom começo de vida” foi o tema da Semana Mundial de Aleitamento Materno 2010, comemorada entre os dias 1 e 7 de agosto. Esta é mais uma das ações que vêm sendo empreendidas com o objetivo de chamar a atenção da população sobre a importância do aleitamento materno. Recentemente, a Unicef divulgou a redução da mortalidade infantil de 13 milhões, em 1990, para 8,8 milhões em 2008, e enfatizou que a diminuição deste número está estritamente relacionada com a adoção de intervenções básicas de saúde, como a do aleitamento materno exclusivo.

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domingo, 8 de agosto de 2010

Feliz dia dos pais!!!!


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Comentário de Gisele Bündchen sobre amamentação causa polêmica fora do Brasil

Em entrevista à revista americana “Harper’s Baazar”, Gisele Bündchen voltou a dizer que dar de mamar a seu filho é muito importante. Porém, a brasileira não agradou às mães americanas e britânicas ao afirmar que “deveria haver uma lei mundial que obrigasse as mulheres a amamentar seus filhos por pelo menos seis meses”.

Se por um lado a modelo serve de exemplo para algumas mães, para outras, ela se esquece de mulheres que têm problemas para dar o leite materno. O tablóide “The Sun”, por exemplo, publicou na edição desta quarta (4) uma coleção de comentários de seus leitores, criticando Gisele. “Nós sabemos que amamentar é bom para a mulher e para a criança, mas não podemos marginalizar aquelas que não podem fazer isso por algum motivo”, diz uma professora. Também há quem tenha chamado a modelo de “idota” e a acusado que amamentar “só para queimar calorias”.

Depois das críticas, Gisele Bündchen usou seu blog para se explicar. “Minha intenção em falar da importância de amamentar não tem nada a ver com a lei. Vem da minha paixão pelas crianças. Eu entendo que cada um tem sua experiência e opiniões e não estou aqui para julgar”, afirma.

Fonte:
http://www.abril.com.br/blog/celebridades-que-causam/2010/08/comentario-de-gisele-bundchen-sobre-amamentacao-causa-polemica-fora-do-brasil/
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sábado, 7 de agosto de 2010

Amamentação: Bündchen acha que deveria ser lei

Gisele Bündchen é uma mulher engajada em causas sociais, principalmente em assuntos voltados ao meio ambiente. Entretanto, parece que a maternidade alertou a modelo sobre outros assuntos também importantes.



A brasileira, que é capa e recheio da revista britânica Harper’s Bazaar, contou para a publicação a importância de amamentar crianças recém-nascidas até os seis meses de idade. Imprescindível ao crescimento dos herdeiros, a übermodel acha que o hábito deveria até ser obrigatório por lei:

- Algumas pessoas acham que não devem amamentar, e eu penso: Você irá dar comidas químicas para seu filho quando ele é tão pequeno? Eu acho que deveria existir uma lei mundial, na minha opinião, para que as mães amamentassem seus filhos por seis meses.

De acordo com o tabloide britânico The Sun, a bela ainda destacou como a meditação foi importante na hora de dar à luz seu primeiro filho, Benjamim, fruto do relacionamento com o jogador de futebol americano Tom Brady:

- [A meditação] Me preparou mentalmente e fisicamente. Se chama parto, e não férias, por um motivo, e sempre soube disso. Você quer passar pela experiência psicológica mais intensa da sua vida despreparada? Isso não faz sentido para mim. Quando chegou a hora, pensei: Ok, vamos ao trabalho. Eu não esperava que ninguém fosse tirar o bebê de mim.

Fonte: http://estrelando.r7.com/celebridades/nota/amamentacao__gisele_bundchen_acha_que_deveria_ser_lei-84003.html
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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Novidade no Blog!!

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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Licença-maternidade pode ser votada este ano na Câmara

Se houver vontade política na Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 64/07, que amplia de quatro para seis meses a licença-maternidade e foi aprovada nesta tarde pelo plenário do Senado, pode ser apensada a uma proposta de mesmo teor (PEC 30/07) da deputada Ângela Portela (PT-RR) e que está pronta para votação no plenário da Câmara. Para isso, basta que o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), determine o apensamento da proposta do Senado à matéria de autoria da deputada petista.


Apresentada pela senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), a PEC aprovada pelos senadores modifica a Constituição Federal para tornar obrigatória a licença-maternidade de 180 dias para empresas públicas e privadas. Na prática, a proposta amplia o alcance da Lei 11.770/08, de autoria da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), que faculta às empresas privadas a concessão da licença de seis meses, em troca de benefícios fiscais - permite a dedução das despesas extras com a trabalhadora gestante do Imposto de Renda.

Rosalba Ciarlini, que era médica pediatra antes de ingressar na política, não acredita que o setor privado ofereça resistência à ampliação do prazo. Ela argumenta que a taxa de natalidade do País, atualmente de 1,9 filho por casal, está caindo sistematicamente. Acrescenta que as experiências recentes mostram que a mãe que passa mais tempo com o filho retorna mais produtiva ao trabalho. Complementa que o ciclo de seis meses de amamentação garante mais saúde ao recém-nascido e, com isso, reduz as faltas da mãe ao trabalho.

Os senadores esperam grande repercussão eleitoral com a aprovação da matéria. Por causa dessa proposta, a candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, interrompeu a campanha presidencial e reassumiu o mandato de senadora só para votar favoravelmente à ampliação da licença-maternidade.

O líder do PT, senador Aloizio Mercadante (SP), candidato ao governo de São Paulo, afirmou que a ampliação da licença "ajudará seguramente a melhorar essa fase tão decisiva que é a primeira infância". Ele ressaltou, entretanto, que será preciso reduzir outros custos da folha de pagamento para não prejudicar a eficiência econômica da matéria nem o mercado de trabalho para as mulheres.

A PEC 64/07 foi aprovada hoje pelo Senado, em segundo turno, por 62 votos a favor e nenhum contrário. A matéria segue agora para análise da Câmara dos Deputados.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/03082010/25/manchetes-licenca-maternidade-votada-ano-na.html
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

10 motivos para amamentar seu bebê

Na Semana Mundial do Aleitamento, reunimos 10 razões para amamentar seu filho - da economia à contribuição para o meio ambiente

Camila de Lira, iG São Paulo | 03/08/2010 18:44

Começou ontem e vai até sábado a Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM). O Brasil, junto de quase 170 países, participa desta semana, organizada pela Aliança Mundial de Aleitamento Materno (WABA), com palestras e eventos sobre os benefícios desta prática para mães e filhos.

Mas por que amamentar seu bebê? As vantagens vão da saúde de mãe e de filho ao vínculo afetivo criado pelo ato – tudo isso comprovado por pesquisas. Descubra abaixo 10 – entre muitas – razões para o aleitamento materno.

1. Ajuda na recuperação pós-parto do corpo da mãe


Foto: Celso Pupo/Fotoarena
A especialista Fabiola Costa amamentou a filha mais velha até os dois anos e continua amamentando o caçula, de sete meses

Durante o parto, o corpo da mulher passa por alguns traumas: o útero sangra um pouco, os níveis de hormônio ficam desregulados e algumas mães reclamam de contrações depois do nascimento dos filhos. A fonoaudióloga Fabiola Costa, membro do GTIAM - Grupo Técnico de Incentivo ao Aleitamento Materno da Universidade Federal Fluminense e autora do blog Mama Mia, sobre amamentação, explica que, ao amamentar, os hormônios do corpo feminino voltam a se equilibrar.

Fabíola aponta para outro benefício: a amamentação logo após o parto. “A sucção do peito faz com que o útero expulse a placenta mais rápido, e ainda ajuda na imunidade para o neném”, diz. Pesquisas da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, mostram que o aleitamento previne outros tipos de doença, como o enfarto e a diabetes tipo 2.

2. A mãe perde peso – e o bebê ganha

“A mãe que amamenta tem um gasto energético maior ao amamentar. Isso ajuda a perder o peso que ganhou na gestação”, diz Luciano Borges Santiago, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria. Segundo pesquisas, o gasto calórico vai de 200 a 500 kcal por dia. Já, para o bebê, o leite materno significa o ganho certo de peso “Com outro tipo leite corre-se o risco da criança engordar muito ou engordar pouco.A criança que mama no peito não fica desnutrida nem obesa”, afirma.

3. Economia de dinheiro e recursos naturais

Pesquisas da Associação Americana de Pediatria mostram que mães que amamentam exclusivamente – ou seja, alimentam o bebê apenas com o leite materno – durante os seis primeiros meses poupam cerca de mil dólares. Nessa equação entraram apenas as quantidades de fórmulas artificiais e mamadeiras que as mães teriam que comprar. A economia seria muito maior se fosse levado em conta que crianças alimentadas com leite materno tendem a ter menos doenças – e, portanto, gastam menos com remédios e pediatra. Há ainda a questão da sustentabilidade: “o leite materno não usa latas nem mamadeiras”, completa Fabíola.

4. Acalma a mãe

Dois hormônios agem durante o aleitamento: a prolactina, que induz o corpo a produzir leite, e a oxitocina, que ejeta o líquido da mama. Combinados, estes hormônios agem no organismo da mãe. Fabíola – que amamentou sua primeira filha até os dois anos e ainda amamenta o seu segundo filho, de 7 meses – diz que a oxitocina, quando liberada, dá a sensação de prazer.

5. Dá sensação de saciedade para o bebê

De acordo com Luciano Santiago, a quantidade de gordura presente no leite varia durante a amamentação. “Logo perto do final da mamada, o nível de gordura do leite fica no máximo, o bebê se sente saciado e para naturalmente”, simplifica o pediatra. As mamadeiras não têm o mesmo efeito, já que seu conteúdo tem sempre a mesma quantidade de gordura. “Com a mamadeira, existe o risco do bebê não querer parar de mamar, porque não tem a sensação de saciedade”, diz ele.

6. Pode servir como método contraceptivo para a mãe

Durante seis meses, se a mãe amamentar exclusivamente o bebê, é possível que ela se valha da amenorréia lactacional, um método contraceptivo natural. A sucção recorrente do bebê na mama faz com que o hipotálamo da mãe não produza o ciclo necessário à ovulação. Mas atenção: Fabíola avisa que esse método só acontece durante os seis primeiros meses, e em mulheres que estejam amamentando em livre demanda.

7. Protege o bebê de alergias posteriores e infecções

 Um estudo conjunto das Universidades de Harvard e Stanford, nos Estados Unidos, mostrou que o leite materno contém imuglobinas que protegem o intestino dos bebês de possíveis alergias alimentares. Luciano Santiago ressalta que os tipos de imuglobinas presentes no leite materno também ajudam a potencializar o efeito das vacinas nos bebês. Ele fala que, para a proteção contra infecções, é recomendável que se amamente (não exclusivamente) até depois de dois anos. “Até dois anos, o corpo da criança ainda não se defende sozinho das infecções”, explica.

8. Cria um laço entre mãe e bebê

“A distância entre o olho da mãe e o seio é exatamente a distância que o neném enxerga. Não é a toa que o neném reconhece a mãe”, conta Fabíola. Além do olhar, o contato entre a pele da mãe e a do filho cria um tipo de laço entre os dois. Um vínculo que, segundo o pediatra Luciano Santiago, “é diferente de tudo que se possa explicar”.

9. Ajuda na formação da mandíbula e da língua do bebê

Fabíola Costa diz que a amamentação é primordial para o desenvolvimento oral do bebê. “A musculatura da boca é exercitada quando ele suga o seio da mãe”, diz a fonoaudióloga. Este tipo de exercício é muito importante, no futuro, para o desenvolvimento da fala da criança. Luciano completa com outras áreas do rosto do bebê que são exercitadas com o aleitamento, como os dentes, os músculos da face, a mandíbula e o maxilar.

10. A longo prazo, as crianças tendem a ficar mais inteligentes

O cérebro humano não nasce completamente formado. É durante os três primeiros anos quee a quantidade de neurônios e sinapses (conexões entre neurônios) aumenta. “O leite materno tem substâncias que favorecem esse desenvolvimento”, diz Luciano Santiago.

Segundo o pediatra, 90% das sinapses cerebrais de uma pessoa são criadas durante seus três primeiros anos de vida. “Quanto mais ligações tiver no cérebro, maior a habilidade da pessoa”, completa o pediatra. Pesquisas da Nova Zelândia e Irlanda mostram que crianças que foram amamentadas exclusivamente durante os primeiros seis meses têm maiores notas na escola e habilidades cognitivas mais refinadas.

Campanha mundial incentiva amamentação

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Fonte: http://delas.ig.com.br/filhos/10+motivos+para+amamentar+seu+bebe/n1237738151752.html
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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Cinematerna - 03 de agosto - terça-feira - Campinas

Filme: Toy Story 3 (2D, dublado)

Dia: 03 de agosto - terça-feira

Local: Cinemark Iguatemi Campinas - Campinas - SP

Horário: 14h

Elenco: Tom Hanks, Michael Keaton

Direção: Lee Unkrich

País de Origem: EUA
 Gênero: Animação

Duração: 86min

Classificação Indicativa: Livre

Site Oficial: http://disney.go.com/toystory/

Sinopse:
Woody, Buzz, e o resto de seus amigos são despejados para uma creche depois que seu dono, Andy, vai para a faculdade. Embora animados no começo pelo novo ambiente, e os brinquedos aparentemente amigáveis que também vivem no centro, não demora muito para se tornarem determinados a voltar para casa, uma decisão partilhada por Andy, que começa a perceber que seus brinquedos sempre tiveram um lugar no seu coração. Assista ao trailer O bate-papo após a sessão acontece no Havanna Café, no primeiro piso (somente nas sessões às terças).

Trailer:
Fonte:Cinematerna
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domingo, 1 de agosto de 2010

Método pilates ajuda a relaxar, tonificar músculos e esculpir o corpo

Conheça o método pilates: exercícios que ajudam a esculpir corpos de estrelas do pop, como Madonna e a ex-Spice Girl Victoria Beckham

Mônica Sanches
Rio de Janeiro, RJ

Celebridades como Madonna. A ex-Spice Girl Victoria Beckham praticou quando estava grávida.

O professor delas foi o inglês que criou o programa de pilates ensinados em 30 países. Aqui no Brasil, ele reparou que muitas mulheres têm as costas curvadas demais em uma região - o que sobrecarrega as costas. E dá uma dica pra resolver isto: "O que tentamos fazer no pilates é manter o centro do abdômen mais forte, esticar nas costas e botar o músculo do bumbum pra trabalhar".

Joseph Pilates era alemão e teve vários problemas de saúde na infância. Os movimentos que ele criou, de forma autodidata, fizeram parte de um processo de superação. Até hoje, o método conquista alunos de todas as idades. Desde bailarinos e atletas até pessoas que estão começando a praticar uma atividade física.

No chão, joelhos dobrados, levante as costas e volte devagar. Levante uma perna, mantendo o joelho dobrado e a ponta do pé esticada, levante as duas pernas e alterne esticando uma de cada vez, sem esquecer de manter o abdômen bem contraído.

Quem nunca fez pilates, sente um pouco de dificuldade no começo.

"Tem que ter muita concentração na respiração, toda hora inspira e expira... então olhando é mais fácil do que fazendo", diz a empresária Viviane Benneman.

Os mesmos exercícios podem ser feitos por quem já passou dos 70, como é o caso de dona Regina. Ela também precisa reforçar o equilíbrio. “São exercícios que não forçam demais, então dá pra gente ir devagarzinho, aprendendo e fazendo... sentindo o efeito, os bons efeitos né?”, afirma.

Video:

                     

 http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2010/07/metodo-pilates-ajuda-relaxar-tonificar-musculos-e-esculpir-o-corpo.html
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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Novidades!!! Pilates....

Olá....depois de mais de 2 meses sem postagens e muita correria! Estou de volta com uma super novidade!! Agora estou ministrando Aulas de Pilates para Gestantes e Pós-parto!! Vale a pena experimentar....em breve mais informações!!


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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Seminário de Humanização em Bauru


Clique para ampliar!



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terça-feira, 11 de maio de 2010

PARTO NA ÁGUA

Dra. Melania Amorim
Muito tem se debatido sobre o parto na água: é seguro? Quais as vantagens? Há maior risco de infecção? Quais os riscos para o bebê? Existem contra-indicações? O fato é que cada vez essa modalidade de parto tem se tornado disponível em diversas maternidades e pode representar também uma opção para os partos domiciliares (1).


A imersão em água durante o trabalho de parto tem sido referendada como um método útil para o alívio da dor do parto. Uma revisão sistemática disponível na Biblioteca Cochrane avalia a imersão em água durante o primeiro e o segundo estágios do parto (dilatação e expulsão, respectivamente) (2). Foram incluídos 11 ensaios clínicos randomizados (ECR) , dois dos quais avaliaram a imersão em água durante o período expulsivo. Nos ECR avaliando a imersão em água durante a fase de dilatação, observou-se significativa redução da dor e decréscimo da necessidade de analgesia farmacológica (peridural ou combinada). Os autores sugerem que a imersão em água durante o primeiro estágio do parto pode ser recomendada para parturientes de baixo-risco (2).

Nos dois ensaios clínicos avaliando o segundo estágio, ou seja, o parto assistido na água, não houve aumento do risco de desfechos maternos e neonatais adversos e verificou-se aumento da satisfação materna (3,4). No entanto, devido ao pequeno número de casos (240) e ao fato de várias mulheres randomizadas para ter parto na água na verdade pariram fora da água, não foi possível, as informações foram limitadas e os autores da revisão sistemática comentam que as evidências são insuficientes para recomendar ou contra-indicar o parto na água. Um outro ensaio clínico randomizado foi publicado depois desta revisão sistemática (5) e os seus resultados devem em breve ser incorporados, podendo gerar novas conclusões: neste estudo, verificou-se, além da redução da necessidade de analgésicos, menor duração do parto e redução do risco de cesárea no grupo que teve o parto na água.

Tendo em vista a escassez de ensaios clínicos randomizados (evidência nível I), e considerando que pode ser de fato difícil randomizar as mulheres para essa modalidade de parto, uma revisão sobre vantagens e desvantagens do parto na água deve se estender aos estudos observacionais, embora esses representem uma evidência de qualidade mais baixa (nível II) (6).

Alguns relatos de caso (7,8) sugerem efeitos prejudiciais para o recém-nascido, relacionando maior risco de desconforto respiratório no período neonatal. Entretanto, relatos de caso constituem um nível de evidência muito pobre (nível III ou IV), porquanto uma relação causal não pode ser estabelecida. Assim, estudos observacionais incluindo grande número de casos e comparando partos na água e fora da água devem ser privilegiados.

Um grande estudo publicado em 2004 comparou 3.617 partos na água e 5.901 controles (9). O parto na água se associou a redução das lacerações perineais, menor perda sanguínea e menor necessidade de analgesia de parto. Não houve diferença na taxa de infecção materna e neonatal. Outros estudos publicados nos anos subsequentes confirmaram esses achados, sugerindo que o parto na água representa uma alternativa valiosa e promissora ao parto fora da água (10, 11, 12, 13). O estudo mais recente foi publicado em 2007 e demonstrou ainda que a imersão em água se associou com menor duração tanto da fase de dilatação como da fase de expulsão do parto, sem aumento do risco de infecção materna e neonatal (14). Todos esses estudos destacam que critérios rigorosos de seleção foram observados e que essas conclusões só podem ser extrapoladas para parturientes de baixo-risco.

Uma preocupação constante de vários leigos e mesmo de alguns profissionais é o risco de aspiração de água, traduzido pelo receio de que “o bebê se afogue”. Devemos, porém, lembrar, que o bebê saudável só “respira” efetivamente quando sai da água. Imediatamente depois do nascimento em água morna (que inibe a respiração), o bebê se mantém como dentro do útero, quando estava imerso em líquido amniótico: a “respiração” não está estabelecida e as trocas gasosas seguem se efetuando através do cordão umbilical. Mantém-se intacto o reflexo de mergulho, de forma que mesmo uma ou duas gotas de água na laringe são suficientes para desencadear esta resposta, inibindo a inalação de líquido (15).

O risco de aspiração ocorre para os bebês deprimidos (com hipoxia grave), que podem até aspirar o próprio líquido amniótico e, por não terem um bom clearance pulmonar, não expelem o líquido aspirado (16). Deve-se concluir, portanto, que o parto na água não é uma boa opção quando existe o risco de sofrimento fetal e deve ser contra-indicado na presença de padrões anômalos de frequência cardíaca fetal (10-14, 17). Salienta-se que a monitorização da frequência cardíaca fetal é importante tanto para partos na água como fora da água, e seu rigor durante o trabalho de parto deve ser observado (17), de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) (18).

O American College of Obstetricians and Gynecology (ACOG) não tem posição oficial sobre o parto na água, e no Brasil a Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) também não se manifestou sobre o tema. Entretanto, na Inglaterra, tanto o Royal College of Obstetricians and Gynaecologists como o Royal College of Midwives explicitamente apóiam a imersão de água durante o trabalho de parto e o nascimento, tendo publicado uma diretriz específica sobre o assunto (17).

Em suma, respondendo aos questionamentos no início deste artigo, podemos concluir que o parto na água representa uma opção segura para parturientes de baixo-risco que assim o desejem, devendo-se respeitar a autonomia feminina com respeito à decisão do local de parto. Existem algumas vantagens, como redução da necessidade de analgesia, redução de episiotomia e lacerações espontâneas, menor duração do primeiro e do segundo estágio do parto e maior satisfação materna. Não foi documentado maior risco de infecção materna ou neonatal. O risco de aspiração só existe para bebês deprimidos ou acidóticos, de forma que a ausculta fetal é essencial para monitorização do trabalho de parto. Gestações de alto-risco e presença de padrões anômalos de frequência cardíaca fetal representam contra-indicações para o parto na água.

Dentro de uma filosofia de respeito à autonomia materna, as mulheres devem ser informadas sobre as evidências disponíveis acerca do parto na água, devendo fazer uma escolha livre e esclarecida. Possíveis riscos e contra-indicações devem ser discutidos e, como em qualquer procedimento durante a assistência ao parto, deve-se obter a assinatura do termo de consentimento. Fundamental ainda é que o parto na água deve ser assistido por profissionais habilitados com experiência nessa modalidade (17).

Melania Amorim, MD, PhD

Vídeo de parto na água assistido por nossa equipe e disponível no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=3YBHDbx5kEM

Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br/parto/parto_na_agua1.htm
REFERÊNCIAS:

1.Kitzinger S. Letter from Europe: water birth: just a fad? Birth 2009; 36 :258-60.
http://www3.interscience.wiley.com/cgi-bin/fulltext/122592330/PDFSTART

2.Cluett ER, Burns E. Immersion in water in labour and birth. Cochrane Database of Systematic Reviews 2009, Issue 2. DOI: 10.1002/14651858.CD000111.pub3.
http://www.mrw.interscience.wiley.com/cochrane/clsysrev/articles/CD000111/frame.html

3.Nikodem C, Hofmeyr GJ, Nolte AGW, de Jager M. The effects of water on birth: a randomized controlled trial. Proceedings of the 14th Conference on Priorities in Perinatal Care in South Africa; 1995 March 7-10; South Africa. 1995:163-6.

4.Woodward J, Kelly SM. A pilot study for a randomised controlled trial of waterbirth versus land birth. BJOG: an international journal of obstetrics and gynaecology 2004; 111: 537-45.
http://www3.interscience.wiley.com/cgi-bin/fulltext/118813598/PDFSTART

5.Chaichian S, Akhlaghi A, Rousta F, Safavi M. Experience of water birth delivery in Iran. Arch Iran Med 2009; 12: 468-71.
http://www.ams.ac.ir/AIM/NEWPUB/09/12/5/007.pdf

6.Oxford Centre for Evidence-based Medicine - Levels of Evidence (March 2009).
http://www.cebm.net/index.aspx?o=1025

7.Batton DG, Blackmon LR, Adamkin DH, Bell EF, Denson SE, Engle WA, Martin GI, Stark AR, Barrington KJ, Raju TN, Riley L, Tomashek KM, Wallman C, Couto J; Committee on Fetus and Newborn, 2004-2005. Underwater births. Pediatrics 2005; 115: 1413-4.
http://pediatrics.aappublications.org/cgi/pmidlookup?view=long&pmid=15867054

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