02/09/2010
- Incentivos aos hospitais que cumprem meta de reduzir cesarianas já são dados pela prefeitura
- Plano de saúde Unimed decide aumento de 80% no pagamento para médicos que optarem por nascimentos sem intervenção cirúrgica
- Poder público e iniciativa privada adotam incentivos financeiros para estimular parto normal
Kátia Sacchetto, grávida de 8 meses, quer parto normal
O MPF (Ministério Público Federal) – que quer forçar a redução das cesarianas no Brasil por meio de açãocontra a ANS (Agência Nacional de Saúde Complementar) – tem parceiros em Campinas.
Na rede municipal de Saúde, há um incentivo financeiro pago aos hospitais e maternidades conveniadas com a Prefeitura de Campinas para aqueles que não ultrapassarem o teto de 35% de partos cesarianas. O índice recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) é de 15%.
A Unimed/Campinas, convênio particular, vota hoje no conselho um aumento de 80% na remuneração de obstetras, anestesistas e pediatras que optarem pelo parto normal. Segundo o presidente da cooperativa, Plínio Conte de Faria Júnior, 95% dos 6 mil partos anuais são cesarianas. Hoje, são pagos R$ 300 para ambos os tipos de parto. Segundo ele, o equilíbrio financeiro se dará com a economia do custo de internação das mães e das crianças. “Uma cesárea obriga a internação por três dias. O normal exige apenas um dia”, disse.
Na rede pública, a equação muda. Segundo o coordenador da Saúde da Mulher, Fernando Brandão,
pelo SUS (Sistema Único de Saúde) 46% são cesarianas e 55% normais. “Existe uma cultura da opção pela cesariana no Brasil. Em nossas unidades, mostramos às mulheres os benefícios do parto normal”, disse Brandão.
2 milhões de partos foram realizados no Brasil pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em 2009.
Desse total, 687,4 mil foram cesarianas.
Fonte: http://publimetro.band.com.br/pdf/20100902_MetroCampinas.pdf
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