terça-feira, 18 de agosto de 2009

Pediatra dá dicas de como evitar acidentes domésticos

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Pai britânico salva filha que não respirava ao nascer

A experiência, adquirida por dezenas de vídeos sobre partos que assistia, o ajudou durante o nascimento da bebê

Com experiência de vídeos que assistiu sobre partos, o britânico Tony Molloy, de 44 anos, salvou a vida da filha, que nasceu no banheiro de sua casa.

O parto aconteceu horas depois de sua mulher, com 38 semanas de gestação, ter retornado do hospital orientada a esperar um pouco mais mesmo sentindo contrações.

Depois de desenrolar o cordão umbilical do pescoço da recém-nascida Rosalyn, o novo pai percebeu que ela não respirava.

Ainda assim, segundo relatou ao jornal Daily Mail, permaneceu calmo, virou a bebê e deu uma palmada em suas costas. Segundo ele, isso foi suficente para que os pulmões de Rosalyn “funcionassem”.

“Foram apenas cinco ou seis segundos, mas parecia uma eternidade”, disse. Para Tony, é impossível descrever em palavras a sensação da experiência de ter trazido sua filha ao mundo.

Crescer
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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Tempo de amamentação dobra no Brasil, diz Ministério da Saúde

FERNANDA BASSETTE da Folha de S.Paulo

O tempo médio de aleitamento materno exclusivo no Brasil passou de 23,4 dias para 54,1 dias em nove anos, aponta a 2ª Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras realizada pelo Ministério da Saúde e divulgada ontem durante a Semana Mundial de Amamentação.

O aleitamento não exclusivo também subiu, de 296 dias para 342 dias entre 1999 e 2008.

Apesar dos avanços, o país ainda está longe de atingir os indicadores adequados. A Organização Mundial da Saúde preconiza o aleitamento exclusivo até os seis meses de vida (180 dias) e o aleitamento parcial até os dois anos (730 dias).

A pesquisa foi realizada com entrevistas a mães nas capitais e mais 239 municípios em outubro de 2008, durante a Campanha Nacional de Vacinação. Os resultados consideram dados de cerca de 118 mil bebês.

O levantamento também registrou uma redução de 15% no uso da chupeta em crianças com menos de um ano, passando de 57,7% para 42,6%.

Além disso, pela primeira vez a pesquisa avaliou o uso da mamadeira -adotada por 58,4% das crianças. A maior frequência foi no Sudeste (63,8%) e a menor, no Norte (50%).


Editoria de Arte/Folha Imagem


Aleitamento e chupeta
A pesquisa comprovou a relação entre chupeta e tempo de amamentação. Estados com índices maiores de aleitamento têm uso menor do acessório.

O Ministério da Saúde desestimula o uso da chupeta e da mamadeira e recomenda a opção por copo após os seis meses para não interferir na sucção.
Macapá possui a maior duração do aleitamento parcial (601,36 dias). E é a capital com menor percentual de bebês usando chupeta: apenas 19,8%.

São Paulo tem o menor tempo médio de amamentação parcial (292,82 dias), e 51,2% dos bebês usam chupeta. Porto Alegre está logo atrás no quesito amamentação parcial (299,82 dias) e ocupa o topo do ranking do acessório (59,5%).

A pediatra Elsa Giugliani, coordenadora da área técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, comemora os resultados, mas reconhece que há muito a fazer para que o Brasil alcance o padrão estabelecido para a amamentação.

Segundo Giugliani, a OMS considera "bom" o indicador de um país que tenha ao menos 80% das crianças com menos de seis meses em amamentação exclusiva -o Brasil tem 41% dos bebês nessas condições.

Com relação ao uso da chupeta, Giugliani afirma que a redução é um avanço. "Nascem quase três milhões de bebês por ano. Quase 400 mil deixaram de usar a chupeta."

Para a pediatra, a estratégia do Ministério da Saúde para aumentar o tempo de amamentação é investir na implantação total da Rede Amamenta Brasil, criada no ano passado e que tem como objetivo capacitar profissionais para auxiliar as mães durante o aleitamento. "Faltava uma política de aleitamento nas unidades básicas de saúde, onde efetivamente as mães são acompanhadas."

Roseli Sarni, pediatra, nutróloga e presidente do Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Pediatria, considera os dados animadores, mesmo longe das metas.

"Todo dado positivo sobre aleitamento é recebido com bons olhos. O desafio é descobrir por que as mães deixam de amamentar tão cedo e conscientizá-las", diz.

A enfermeira Maria Fernanda Dornaus, coordenadora de enfermagem da Unidade Neonatal do hospital Albert Einstein, concorda que o apoio às mães nos primeiros dias de amamentação é fundamental para melhorar os índices.

"A mãe precisa saber que o leite materno é fundamental para o desenvolvimento e crescimento da criança e que ele tem fatores imunológicos que protegem o bebê. Ela também precisa aprender como é feita a pega e a sucção. E os profissionais de saúde têm essa função."

Folha online
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Hospitais públicos de SP fazem procedimentos desnecessários em bebês

RACHEL BOTELHOda Folha de S.Paulo

Recém-nascidos saudáveis são submetidos a aspiração gástrica e de vias aéreas superiores -procedimentos considerados desnecessários e que envolvem riscos quando mal realizados- em hospitais públicos de São Paulo. A conclusão é de um estudo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo feito em três unidades de saúde.

A pesquisa baseou-se em prontuários de 277 recém-nascidos no ano de 2006 de cada uma dessas instituições: um hospital típico do SUS, um hospital que recebeu o prêmio Galba de Araújo por sua proposta de parto humanizado e uma casa de parto. Os nomes das instituições não foram revelados. Os bebês nasceram de gestações de baixo risco e foram considerados vigorosos.

No hospital típico e no premiado, a aspiração gástrica foi feita em 94% e 86% dos bebês, respectivamente, enquanto a aspiração de vias aéreas ocorreu em 96% e 91% dos recém-nascidos. Em contraste, na casa de parto, a taxa de aspiração gástrica foi de apenas 0,73%, e a de vias aéreas, de 8,4%.

De acordo com a pediatra Sandra Regina de Souza, coordenadora da área de Saúde da Criança da Secretaria de Estado da Saúde e uma das autoras do trabalho, as evidências científicas mostram que a recepção de recém-nascidos saudáveis deve se restringir a secar o bebê, observar sua respiração e promover o contato com a mãe.

"Quanto menos colocar a mão no bebê, melhor. As evidências são antigas, mas as pessoas continuam fazendo o desnecessário", afirma.
Na opinião do pediatra Carlos José Silvestre Rodrigues, que é instrutor de reanimação neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria, os resultados mostram que essa é uma prática cultural -e que deve ser extinta. "Aspirar os bebês é uma prática que vem de muito tempo. Hoje, depende da rotina do serviço médico", diz.

Segundo ele, o fato de os nascimentos ocorrerem por via natural nas casas de parto facilita a compressão do tórax do bebê e, consequentemente, a expulsão de líquido -o que pode explicar as baixas taxas de intervenção nessa instituição. "Na cesárea, elimina-se menos líquido, mas também é possível não aspirar esses bebês."

Sandra classifica como "surpresa árida" a pequena diferença na taxa de procedimentos do hospital premiado e do típico. "Talvez falte investimento para manter as rotinas esperadas de um hospital premiado", diz.

Para o pediatra Carlos Eduardo Corrêa, consultor internacional em aleitamento, esses procedimentos representam um excesso de intervenção -o que não é necessário nem indicado e pode levar a diminuição de frequência cardíaca, espasmos de laringe, queda da pressão arterial e dificuldade de mamar nos bebês quando são mal realizados.
Folha online
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