domingo, 8 de agosto de 2010
Comentário de Gisele Bündchen sobre amamentação causa polêmica fora do Brasil
Fonte:
sábado, 7 de agosto de 2010
Amamentação: Bündchen acha que deveria ser lei
- [A meditação] Me preparou mentalmente e fisicamente. Se chama parto, e não férias, por um motivo, e sempre soube disso. Você quer passar pela experiência psicológica mais intensa da sua vida despreparada? Isso não faz sentido para mim. Quando chegou a hora, pensei: Ok, vamos ao trabalho. Eu não esperava que ninguém fosse tirar o bebê de mim.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Novidade no Blog!!
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Licença-maternidade pode ser votada este ano na Câmara
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
10 motivos para amamentar seu bebê
Camila de Lira, iG São Paulo | 03/08/2010 18:44
Um estudo conjunto das Universidades de Harvard e Stanford, nos Estados Unidos, mostrou que o leite materno contém imuglobinas que protegem o intestino dos bebês de possíveis alergias alimentares. Luciano Santiago ressalta que os tipos de imuglobinas presentes no leite materno também ajudam a potencializar o efeito das vacinas nos bebês. Ele fala que, para a proteção contra infecções, é recomendável que se amamente (não exclusivamente) até depois de dois anos. “Até dois anos, o corpo da criança ainda não se defende sozinho das infecções”, explica.
Campanha mundial incentiva amamentação
Fonte: http://delas.ig.com.br/filhos/10+motivos+para+amamentar+seu+bebe/n1237738151752.html
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Cinematerna - 03 de agosto - terça-feira - Campinas
Dia: 03 de agosto - terça-feira
Local: Cinemark Iguatemi Campinas - Campinas - SP
Horário: 14h
Elenco: Tom Hanks, Michael Keaton
Direção: Lee Unkrich
País de Origem: EUA
Gênero: Animação
Duração: 86min
Classificação Indicativa: Livre
Site Oficial: http://disney.go.com/toystory/
Sinopse:
Trailer:
Fonte:Cinematerna
domingo, 1 de agosto de 2010
Método pilates ajuda a relaxar, tonificar músculos e esculpir o corpo
Mônica Sanches
Rio de Janeiro, RJ

Video:
http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2010/07/metodo-pilates-ajuda-relaxar-tonificar-musculos-e-esculpir-o-corpo.html
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Novidades!!! Pilates....


quarta-feira, 12 de maio de 2010
terça-feira, 11 de maio de 2010
PARTO NA ÁGUA
Muito tem se debatido sobre o parto na água: é seguro? Quais as vantagens? Há maior risco de infecção? Quais os riscos para o bebê? Existem contra-indicações? O fato é que cada vez essa modalidade de parto tem se tornado disponível em diversas maternidades e pode representar também uma opção para os partos domiciliares (1).

Nos dois ensaios clínicos avaliando o segundo estágio, ou seja, o parto assistido na água, não houve aumento do risco de desfechos maternos e neonatais adversos e verificou-se aumento da satisfação materna (3,4). No entanto, devido ao pequeno número de casos (240) e ao fato de várias mulheres randomizadas para ter parto na água na verdade pariram fora da água, não foi possível, as informações foram limitadas e os autores da revisão sistemática comentam que as evidências são insuficientes para recomendar ou contra-indicar o parto na água. Um outro ensaio clínico randomizado foi publicado depois desta revisão sistemática (5) e os seus resultados devem em breve ser incorporados, podendo gerar novas conclusões: neste estudo, verificou-se, além da redução da necessidade de analgésicos, menor duração do parto e redução do risco de cesárea no grupo que teve o parto na água.
Tendo em vista a escassez de ensaios clínicos randomizados (evidência nível I), e considerando que pode ser de fato difícil randomizar as mulheres para essa modalidade de parto, uma revisão sobre vantagens e desvantagens do parto na água deve se estender aos estudos observacionais, embora esses representem uma evidência de qualidade mais baixa (nível II) (6).
Alguns relatos de caso (7,8) sugerem efeitos prejudiciais para o recém-nascido, relacionando maior risco de desconforto respiratório no período neonatal. Entretanto, relatos de caso constituem um nível de evidência muito pobre (nível III ou IV), porquanto uma relação causal não pode ser estabelecida. Assim, estudos observacionais incluindo grande número de casos e comparando partos na água e fora da água devem ser privilegiados.
Um grande estudo publicado em 2004 comparou 3.617 partos na água e 5.901 controles (9). O parto na água se associou a redução das lacerações perineais, menor perda sanguínea e menor necessidade de analgesia de parto. Não houve diferença na taxa de infecção materna e neonatal. Outros estudos publicados nos anos subsequentes confirmaram esses achados, sugerindo que o parto na água representa uma alternativa valiosa e promissora ao parto fora da água (10, 11, 12, 13). O estudo mais recente foi publicado em 2007 e demonstrou ainda que a imersão em água se associou com menor duração tanto da fase de dilatação como da fase de expulsão do parto, sem aumento do risco de infecção materna e neonatal (14). Todos esses estudos destacam que critérios rigorosos de seleção foram observados e que essas conclusões só podem ser extrapoladas para parturientes de baixo-risco.
Uma preocupação constante de vários leigos e mesmo de alguns profissionais é o risco de aspiração de água, traduzido pelo receio de que “o bebê se afogue”. Devemos, porém, lembrar, que o bebê saudável só “respira” efetivamente quando sai da água. Imediatamente depois do nascimento em água morna (que inibe a respiração), o bebê se mantém como dentro do útero, quando estava imerso em líquido amniótico: a “respiração” não está estabelecida e as trocas gasosas seguem se efetuando através do cordão umbilical. Mantém-se intacto o reflexo de mergulho, de forma que mesmo uma ou duas gotas de água na laringe são suficientes para desencadear esta resposta, inibindo a inalação de líquido (15).
O risco de aspiração ocorre para os bebês deprimidos (com hipoxia grave), que podem até aspirar o próprio líquido amniótico e, por não terem um bom clearance pulmonar, não expelem o líquido aspirado (16). Deve-se concluir, portanto, que o parto na água não é uma boa opção quando existe o risco de sofrimento fetal e deve ser contra-indicado na presença de padrões anômalos de frequência cardíaca fetal (10-14, 17). Salienta-se que a monitorização da frequência cardíaca fetal é importante tanto para partos na água como fora da água, e seu rigor durante o trabalho de parto deve ser observado (17), de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) (18).
O American College of Obstetricians and Gynecology (ACOG) não tem posição oficial sobre o parto na água, e no Brasil a Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) também não se manifestou sobre o tema. Entretanto, na Inglaterra, tanto o Royal College of Obstetricians and Gynaecologists como o Royal College of Midwives explicitamente apóiam a imersão de água durante o trabalho de parto e o nascimento, tendo publicado uma diretriz específica sobre o assunto (17).
Em suma, respondendo aos questionamentos no início deste artigo, podemos concluir que o parto na água representa uma opção segura para parturientes de baixo-risco que assim o desejem, devendo-se respeitar a autonomia feminina com respeito à decisão do local de parto. Existem algumas vantagens, como redução da necessidade de analgesia, redução de episiotomia e lacerações espontâneas, menor duração do primeiro e do segundo estágio do parto e maior satisfação materna. Não foi documentado maior risco de infecção materna ou neonatal. O risco de aspiração só existe para bebês deprimidos ou acidóticos, de forma que a ausculta fetal é essencial para monitorização do trabalho de parto. Gestações de alto-risco e presença de padrões anômalos de frequência cardíaca fetal representam contra-indicações para o parto na água.
Dentro de uma filosofia de respeito à autonomia materna, as mulheres devem ser informadas sobre as evidências disponíveis acerca do parto na água, devendo fazer uma escolha livre e esclarecida. Possíveis riscos e contra-indicações devem ser discutidos e, como em qualquer procedimento durante a assistência ao parto, deve-se obter a assinatura do termo de consentimento. Fundamental ainda é que o parto na água deve ser assistido por profissionais habilitados com experiência nessa modalidade (17).
Melania Amorim, MD, PhD
Vídeo de parto na água assistido por nossa equipe e disponível no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=3YBHDbx5kEM
1.Kitzinger S. Letter from Europe: water birth: just a fad? Birth 2009; 36 :258-60.
http://www3.interscience.wiley.com/cgi-bin/fulltext/122592330/PDFSTART
2.Cluett ER, Burns E. Immersion in water in labour and birth. Cochrane Database of Systematic Reviews 2009, Issue 2. DOI: 10.1002/14651858.CD000111.pub3.
http://www.mrw.interscience.wiley.com/cochrane/clsysrev/articles/CD000111/frame.html
3.Nikodem C, Hofmeyr GJ, Nolte AGW, de Jager M. The effects of water on birth: a randomized controlled trial. Proceedings of the 14th Conference on Priorities in Perinatal Care in South Africa; 1995 March 7-10; South Africa. 1995:163-6.
4.Woodward J, Kelly SM. A pilot study for a randomised controlled trial of waterbirth versus land birth. BJOG: an international journal of obstetrics and gynaecology 2004; 111: 537-45.
http://www3.interscience.wiley.com/cgi-bin/fulltext/118813598/PDFSTART
5.Chaichian S, Akhlaghi A, Rousta F, Safavi M. Experience of water birth delivery in Iran. Arch Iran Med 2009; 12: 468-71.
http://www.ams.ac.ir/AIM/NEWPUB/09/12/5/007.pdf
6.Oxford Centre for Evidence-based Medicine - Levels of Evidence (March 2009).
http://www.cebm.net/index.aspx?o=1025
7.Batton DG, Blackmon LR, Adamkin DH, Bell EF, Denson SE, Engle WA, Martin GI, Stark AR, Barrington KJ, Raju TN, Riley L, Tomashek KM, Wallman C, Couto J; Committee on Fetus and Newborn, 2004-2005. Underwater births. Pediatrics 2005; 115: 1413-4.
http://pediatrics.aappublications.org/cgi/pmidlookup?view=long&pmid=15867054
8.Mammas IN, Thiagarajan P. Water aspiration syndrome at birth - report of two cases. J Matern Fetal Neonatal Med 2009; 22: 365-7.
http://informahealthcare.com/doi/pdf/10.1080/14767050802556067
9.Geissbuehler V, Stein S, Eberhard J. Waterbirths compared with landbirths: an observational study of nine years. J Perinat Med 2004; 32: 308-14.
http://www.reference-global.com/doi/pdfplus/10.1515/JPM.2004.057
10.Eberhard J, Stein S, Geissbuehler V. Experience of pain and analgesia with water and land births. J Psychosom Obstet Gynaecol 2005; 26: 127-33.
https://commerce.metapress.com/content/16441n2545k90228/resource-secured/?target=fulltext.pdf&sid=zb3zrqbulif0nhrroekunt55&sh=www.springerlink.com
11.Thoeni A, Zech N, Moroder L, Ploner F. Review of 1600 water births. Does water birth increase the risk of neonatal infection? J Matern Fetal Neonatal Med 2005; 17:357-61.
http://informahealthcare.com/doi/pdf/10.1080/14767050500140388
12.Thöni A., Zech N., Moroder L. Water birth and neonatal infections. Experience with 1575 deliveries in water. Minerva Ginecol 2005; 57: 199-206.
http://www.minervamedica.it/en/journals/minerva-ginecologica/article.php?cod=R09Y2005N02A0199&acquista=1
13.Thöni A, Zech N, Ploner F. Gebären im Wasser: Erfahrung nach 1825 Wassergeburten. Gynakol Geburtshilfliche Rundsch 2007; 47: 76-80.
http://content.karger.com/
14.Zanetti-Daellenbach RA, Tschudin S, Zhong XY, Holzgreve W, Lapaire O, Hösli I. Maternal and neonatal infections and obstetrical outcome in water birth. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol 2007; 134: 37-43.
http://www.ejog.org/article/S0301-2115%2806%2900514-8/pdf
15.Burns E, Kitzinger S. Midwifery Guidelines for the use of water in Labour. Oxford Brookes University, 2nd ed. 2005.
http://www.sheilakitzinger.com/WaterBirth.htm#Midwifery%20Guidelines
16.Hermansen CL, Lorah KN. Respiratory distress in the newborn. Am Fam Physician 2007; 76: 987-94.
http://www.aafp.org/afp/2007/1001/p987.html
17.http://www.rcog.org.uk/files/rcog-corp/uploaded-files/JointStatmentBirthInWater2006.pdf
18.World Health Organization. IMPAC Integrated Management of Pregnancy and Childbirth. Managing complications in pregnancy and childbirth: a guide for midwives and doctors. Geneva. WHO, 2000.
http://www.who.int/making_pregnancy_safer/publications/archived_publications/mcpc.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Profissionais ajudam brasileiras no momento do parto
Quando chega a hora ter o filho, a mãe fica cercada de carinho e cuidados. É o pai da criança dando apoio e o obstetra pronto para trazer a criança ao mundo. Mas existe alguém de fundamental importância neste processo. Ela é chamada de doula, profissional encarregada de prestar apoio à mãe pré e pós parto. Em Danbury, Connecticut, duas brasileiras atuam na função.

Segundo a Associação Nacional de Doulas (ANDO) – Regional Rio de Janeiro, após uma década de pesquisas científicas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e alguns países, incluído o Brasil, reconhecem a contribuição da doula. Na presença dela, o parto tem mais rapidez e tranquilidade, e as complicações tanto maternas quanto fetais são bem menores. A palavra doula vem do grego “mulher que serve”.
No ramo há 10 anos, Regina Colletes já atendeu muitas brasileiras quando atuava como doula particular. No hospital local há cerca de quatro anos, ela ressaltou que o parto é uma das coisas mais sagradas. “Quando você tem alguém que dá apoio, a satisfação é maior”, disse.
Segundo ela, está comprovado que o trabalho da doula reduz imensamente a depressão pós-parto, aumenta o laço entre a mãe e o bebê e o aleitamento materno tem mais sucesso, quando a mãe sente que tem apoio. Ainda segundo ela, o preparo no período antes do parto é de suma importância.
O primeiro parto de Andréa dos Santos teve o auxílio de Regina. Segundo ela, sem a presença da doula teria sido muito difícil. “É um conforto a mais”, disse. A brasileira sentiu como se tivesse a própria mãe, quando Regina segurou a mão dela. Já no segundo parto, Andréa teve a presença de Cleo. Foi um parto um pouco mais complicado, segundo ela, mas que com certeza se tornou mais leve, graças à presença da doula.

Cleo Brostel atua como doula durante parte de brasileira
“Ajuda demais”, disse Lívia Vieira, sobre o trabalho da doula. O parto difícil se tornou mais leve graças às técnicas aplicadas, como a de respiração, segundo a brasileira. Se optar pelo segundo filho, Lívia disse que utilizará novamente os serviços de uma doula.
Desde outubro de 2009, Cleo Brostel tem classes para se tornar uma doula. As aulas são ministradas por uma instrutora certificada da Dona International, organização sem fins lucrativos que treina doulas. De tanto atuar em partos como voluntária, a brasileira foi incentivada por médicos a estudar a função.
Espécie de estagiária, Cleo explicou que a função da doula é de prestar apoio psicológico e emocional às mães, aplicando técnicas de relaxamento e massagem. “A doula acompanha a mãe desde as primeiras etapas do parto até o nascimento do bebê”, disse. Como doula, ela já atendeu oito brasileiras no hospital local. Segundo ela, as parturientes não conheciam a função. “A reação delas foi fantástica”.
De acordo com Cleo, não existe forma da doula diminuir a dor. O que ela faz é aplicar técnicas para que esta dor seja amenizada. O ambiente precisa estar totalmente silencioso ou preenchido por uma música relaxante.
Segundo a Dona Internacional, está comprovado que a doula diminui intervenções como a cesariana e aumenta a satisfação maternal. Ainda conforme a organização, o trabalho da doula age também sobre os bebês. Na presença da profissional, existe mais chance de um bebê não ficar no hospital sob cuidados especiais.
O contato de Cleo com as mães começa com cerca de três entrevistas antes mesmo do parto. No caso das brasileiras, ela decidiu acompanhá-las nas últimas visitas ao médico, a fim de obter o maior número possível de informações sobre a gravidez. Assim, as técnicas da doula poderão ser aplicadas com melhores resultados. Cleo lembrou que a doula não aplica procedimentos médicos. “Não checa a paciente, não aplica anestesia, não mede a pressão”. Segundo Cleo, que ainda está estudando para atuar como doula no pós-parto, este trabalho é importante inclusive para o desenvolvimento do bebê.
Ainda segundo a ANDO, a demanda por doulas no Brasil vem crescendo de forma significativa. Estima-se que existam de 10 a 12 mil doulas na América do Norte, ainda segundo a associação.
Fonte:http://www.comunidadenews.com/local/profissionais-ajudam-brasileiras-no-momento-do-parto-6100
domingo, 9 de maio de 2010
sábado, 8 de maio de 2010
Dia 05 de maio - Dia Internacional das Parteiras!
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Abaixo-assinado pela Casa Angela
Muitos de vocês já ouviram falar da Casa Angela, casa de parto construída e mantida pela Associação Comunitária Monte Azul na zona Sul de São Paulo. Trata-se de um espaço de atenção à saúde da mulher e dos bebês, totalmente gratuita, num local onde os serviços de saúde são escassos e precários. A Casa foi construída em continuidade e substuição ao trabalho maravilhoso começado pela parteira alemã Angela Gherke, que viveu no Brasil muitos anos.
Peço a ajuda de vocês para engrossar o movimento que solicita urgência na assinatura do convênio com o SUS (Sistema Único de Saúde) ao secretário municipal da Saúde, Sr. Januário Montone. A assinatura desse convênio, que vem sendo sistematicamente negado pela Prefeitura, é fundamental para garantir a continuidade do funcionamento e a ampliação da capacidade de atendimento desse serviço, que já mostra resultados efetivos no atendimento à saúde da população carente da zona Sul de São Paulo.
http://www.petitiononline.com/angela10/petition.html
Por favor! Assinem e ajudem a divulgar!!!
sábado, 1 de maio de 2010
CineMaterna - 04 de maio - Campinas

Dia: 04 de maio - terça-feira
Local: Cinemark Iguatemi Campinas - Campinas - SP
Horário: 14h
Elenco: Mia Wasikowska, Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Anne Hathaway
Direção: Tim Burton
País de Origem: EUA
Gênero: Aventura
Duração: 108min
Classificação indicativa: 10 anos
Sinopse:
As aventuras de uma jovem garota, Alice (Mia Wasikowska) que, após cair no sono, acorda em um mundo mágico cheio de personagens estranhos, como o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp), a Rainha Branca (Anne Hathaway) e a Rainha de Copas (Helena Bonham Carter). Adaptação do clássico de Lewis Carrol.
Fonte: cinematerna
domingo, 25 de abril de 2010
Maternidades de SP cobram para pai ver parto do filho
da Reportagem Local
A administradora de recursos humanos Roberta Meza, 41, não sabia. A secretária-executiva Patrícia Fernandes Lopes Felipe, 32, também não. Antes de ter filhos há alguns meses, as duas percorreram maternidades particulares de São Paulo para conhecer os serviços antes de decidir onde fariam o parto.
Por desconhecer a resolução que garante a presença de um acompanhante de livre escolha da mulher, pagaram R$ 147 para que os maridos assistissem ao nascimento dos bebês.
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e Procon dizem em uníssono que a cobrança é abusiva e claramente ilegal.
Pesquisa da USP mostra que diversos indicadores melhoram com a presença do acompanhante no parto, como diminuição da dor e índices menores de depressão pós-parto.
Ao longo da semana, a reportagem refez os passos de Roberta e Patrícia e visitou cinco maternidades paulistanas: Einstein, Pro Matre, Santa Catarina, Santa Joana e São Luiz.
Todas, menos o Einstein, cobram entre R$ 113 e R$ 147 para presença do pai na hora do parto, o que chamam de "taxa de paramentação" para cobrir os custos do avental cirúrgico.
Com o comprovante de pagamento do parto em mãos, Roberta, mãe dos gêmeos Rute e Miguel, de 11 meses, diz ter pago a taxa para o marido acompanhá-la, mas que a cobrança não foi incluída na nota fiscal emitida pela maternidade Pro Matre. "Não sabia que tinha de pagar a roupa", diz.
"O hospital não pode cobrar pelo acompanhamento do parto, nem mesmo por roupas usadas no centro cirúrgico", afirma a ANS em nota.
"A presença do acompanhante na hora do parto é um direito e é de livre escolha da mulher", diz Andrezza Amorim, técnica da Anvisa.
Segundo a agência, denúncias sobre esse cobrança podem ser feitas à vigilância sanitária local e podem render multas de R$ 2.000 a R$ 1,5 milhão.
"É uma prática abusiva. Qualquer cobrança é considerada um obstáculo à garantia desse direito em lei", diz Robson Campos, diretor do Procon.
Essa taxa é mais um dos serviços do pacote oferecido às mães e um indicativo do negócio que se firmou em torno do parto na rede particular.
Para gravar ou fotografar o nascimento, todas as maternidades exigem que o serviço seja feito por uma única empresa indicada, que cobra R$ 1.298.
Para o Procon, a restrição deve ser previamente justificada e informada às mães e a concorrência deve ser estimulada.
Com medo de que o marido desmaiasse na hora do parto e perdesse as fotos, Patrícia, mãe de Estela, de um ano e três meses, pagou R$ 1.000 a um fotógrafo indicado pelo São Luiz.
"Se eu levasse um fotógrafo próprio, só deixariam fazer as imagens do berçário do lado de fora, pela vidraça. Mas o fotógrafo deles entrou e tirou fotos do primeiro banho. Aceitei e fiquei rendida. Naquele momento tinha outras prioridades, já estava numa fase de muito cansaço", diz Patrícia.
As maternidades também oferecem extensões do teste do pezinho, cuja detecção básica de cinco doenças, por lei, é gratuita. Para o exame de mais cinco são cobrados R$ 118 e, para 41 deficiências, R$ 428.
Gratuitas na rede pública e que devem ser aplicadas nos primeiros dias de vida, as vacinas como BCG e contra a hepatite B são cobradas em alguns hospitais, R$ 95 a dose de cada uma, como no São Luiz, e gratuitas em outras, como no Santa Catarina.
Considerado inócuo por hematologistas e geneticistas, o congelamento do sangue do cordão umbilical, rico em células-tronco, é vendido a R$ 3.500 mais R$ 570 de manutenção anual como promessa de cura de doenças.
fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u725134.shtml
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Maioria das cesáreas é marcada para antes da hora no Brasil
da Reportagem Local
Cresce no Brasil a prática de marcar o parto para assim que a gestação completa 37 semanas, momento em que o bebê deixa de ser considerado prematuro.
Um estudo da Unifesp mostra que cerca de 60% dos nascimentos acontecem com 37 ou 38 semanas de gestação --quando a gravidez dura cerca de 40 semanas. Segundo consensos internacionais, o ideal é esperar no mínimo 39 semanas. Antes disso, aumentam as chances de complicação para o recém-nascido, como desconforto respiratório e icterícia.
"A tendência é mundial. Está havendo uma antecipação do parto. Antes, os bebês nasciam com 39 ou 40 semanas", diz Cecília Draque, neonatologista do departamento de pediatria e neonatologia da Unifesp, uma das autoras do estudo.
Segundo a pesquisa, o número crescente de cesáreas eletivas (aquelas em que é possível escolher a data) tem levado ao aumento dos partos com idade gestacional inferior à ideal.
"Hoje não se espera a mulher entrar em trabalho de parto", diz o obstetra Marcos Tadeu Garcia, diretor da clínica de ginecologia, obstetrícia e neonatologia do Hospital Ipiranga. "Médicos e mães optam pelo conforto da agenda. Isso nos assusta, porque esses bebês nascem sem estarem prontos."
Bebês que nascem antes do término da trigésima-nona semana têm mais risco de precisarem de intervenções terapêuticas do que os que nascem bem no fim da gravidez. O estudo mostra que ficam mais dias internados e vão mais para a UTI. "A interrupção da gestação antes de 39 semanas só deve ser feita com estritas indicações médicas", diz Draque.
A pesquisa seguiu mais de 6.000 recém-nascidos em uma maternidade particular de São Paulo. Os bebês não tinham anomalias congênitas e as mães passaram por pré-natal.
"Conheço casos de médicos que marcam até para a 35ª semana. Qualquer coisa é desculpa: ou vão viajar para algum congresso, ou não querem que a mãe encha a paciência deles ligando às duas da manhã. A mulher também pode insistir, às vezes a avó manda marcar, ou a mulher não aguenta mais o fim da gravidez... enfim. O bebê vai precisar de um atendimento, mas o médico já passou a responsabilidade para o berçário", diz Renato Kalil, obstetra do Hospital Albert Einstein. Segundo Kalil, 12% dos bebês não prematuros nascidos de cesárea passam pela UTI. De parto normal, só 3%. "O parto normal está mais falado, mas a indicação de cesárea continua a mesma baixaria", afirma.
"Muitas vezes a própria família pressiona o médico", afirma Renato Augusto Moreira de Sá, presidente da comissão de perinatologia da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Antecipar o parto também é perigoso porque há chance de erro de cálculo da idade gestacional. Se a mulher não fez um ultrassom no início, que estima com maior precisão essa idade, ela pode estar grávida há menos tempo do que pensa.
Video: Parto Natural - Natural Birth
Parto Natural - Natural Birth from José Gaspar on Vimeo.
Documentário sobre Parto Natural Humanizado.
Direção: José Gaspar
Roteiro: Beto Magini
Produção: Flávia Alessio
Fotografia: Adriano Barbuto
Edição: Pedro Dantas
Agência: DeBrito Propaganda
Cliente: Coren-SP
Produtora: TelaBrazil
Fonte:http://vimeo.com/8526305
sábado, 17 de abril de 2010
Excesso de proteção faz mal ao seu filho
Daniela Macedo e Gabriella Sandoval
Montagem sobre fotos Istockphoto e Pedro Rubens

A preocupação com a segurança da prole é de ordem biológica: sem ela, nenhuma espécie animal conseguiria reproduzir-se e perpetuar-se. No âmbito humano, durante milhares de anos, os cuidados com as crias seguiram o padrão dos mamíferos em geral: eram interrompidos quando elas começavam a tornar-se capazes de alguma autodefesa e de ajudar seus pais na obtenção de comida. A preocupação atual com os filhos – e sua exacerbação, a superproteção, assunto desta reportagem – tem origem histórica bem definida. No Ocidente, a infância e a adolescência, tais como as conhecemos, são uma criação econômica e cultural do fim do século XVIII, período imediatamente posterior à Primeira Revolução Industrial na Europa. Até então, crianças e adolescentes, assim considerados em suas limitações e peculiaridades, existiam apenas nas classes mais abastadas, nas quais eram educados com esmero por serem herdeiros da fortuna da família e para que pudessem representá-la apropriadamente na idade adulta. Meninos e meninas até 14, 15 anos, oriundos dos extratos sociais mais baixos, eram tidos só como "gente pequena" – e, portanto, sujeita a trabalhos tão pesados quanto o permitisse a sua força física.
Com as crianças e os adolescentes, surgiu ainda uma rede de proteção tanto no plano jurídico como no familiar. Leis foram feitas para preservar o direito à integridade física e mental dos menores de idade (aliás, uma concepção originada daquelas de infância e adolescência), e pais e mães passaram a ser mais ciosos da saúde e da educação de seus filhos. Não seria inapropriado dizer que o amor maternal e paternal, no plano mais geral, é fruto das mudanças provocadas pela Revolução Industrial. Ultrapassadas as portas do século XXI, o que aterroriza muitos pais é ver suas crianças e jovens atingidos por violências que, até os estertores do século XVIII, não fariam seus congêneres perder o sono – e que não assombram, para além da medida, a maior parte das famílias atuais. Ou seja, com a infância e a adolescência, não nasceram somente os pais responsáveis, mas também os pais assustados e, por consequência, superprotetores. "Eles podem ser tão prejudiciais para a formação emocional de seus filhos quanto pais negligentes", diz a psicóloga Ceres Alves de Araujo.
No Brasil, os superprotetores temem, sobretudo, o risco de sequestros, assaltos e acidentes e a oferta abundante e livre de álcool e drogas. Há, no entanto, um limite entre a preocupação aceitável e a excessiva, que pode fazer mais mal do que bem a uma criança ou adolescente. Quando a criança é pequena, é razoável ter medo de que ela se machuque no parquinho, mas é inaceitável um pai ou mãe que não a deixe brincar na casa de um amigo de escola, longe de sua vista. É compreensível ficar com o coração aflito nas primeiras vezes que o filho de 18 anos sai de carro sozinho – no entanto, trata-se de um exagero evidente negar a ele esse tipo de liberdade. Hoje, uma família de classe média pode erguer um muro em torno de seus filhos – incluído o não metafórico. Para tanto, os pais superprotetores valem-se de recursos tecnológicos, como o celular que permite monitorar as andanças da moçada, e da nova dinâmica familiar, mais aberta e propensa ao diálogo. Íntimos como nunca de seus filhos, eles se utilizam dessa proximidade de amigo justamente para controlá-los. E abandonam a parte mais difícil da paternidade, que é deixá-los seguir em frente. Tais pais "amigos" conhecem ou já identificaram no Orkut ou no Facebook cada um dos colegas do filho, e não veem problema nessa invasão de privacidade.
Aparentemente, um filho sob a vigilância irrestrita dos pais está mais seguro. Mas há um risco na vida sem riscos, o que inclui atender a todos os pedidos da criança ou do jovem. Pais que adotam para si e para seus filhos esse tipo de estratégia ignoram uma peça-chave do desenvolvimento humano: a autonomia. É aquela capacidade – e sensação poderosa – de fazer escolhas. E também de aceitar seus próprios limites e reconhecer que, não raro, as escolhas podem estar erradas. Num artigo recente, o psiquiatra americano Michael Jellinek, professor de Harvard e chefe da psiquiatria infantil do Hospital Geral de Massachusetts, escreveu que, do momento em que um bebê nasce até a hora em que ele entra na faculdade ou sai de casa, a questão central de sua existência é conquistar independência. Tirar isso de um filho pode ser uma viagem sem volta. "Vemos o tempo todo exemplos de crianças que finalmente quebram a bolha em que vivem e se transformam em adolescentes rebeldes além do aceitável, um atalho para que se tornem adultos frustrados", disse ele a VEJA.
Em geral, os pais superprotetores são inseguros e ansiosos. Temem que seus filhos deixem de amá-los, esforçam-se para não fracassar em sua educação e têm pavor de ser julgados por parentes e amigos. Tudo somado, excedem-se na ânsia de acertar sempre. "O exercício da paternidade passou a ser visto sob a ótica de um julgamento social, dos mais rígidos e seletivos", diz o psicólogo Luis Russo. "Assim como hoje se exige que as pessoas sejam bem-sucedidas, saudáveis e magras, é preciso ser um pai exemplar de um filho idem", afirma. Trata-se de um fenômeno bastante atual. Nos Estados Unidos, pais com esse perfil ganharam o nome dehelicopter parents, ou "pais helicópteros". Eles pairam sobre a vida das suas crianças com enorme estardalhaço. O assunto foi tema de capa da revista americana Time em novembro passado. "Se o filho tira uma nota que os desaponta, vão direto à escola e exigem que ela seja mudada. Quando ele esquece um livro ou uma apostila em casa, correm para levá-lo à escola. Dessa forma, não permitem que ele sinta o constrangimento que serviria de alerta para que se lembrasse de tomar conta de sua vida", disse a VEJA a americana Hara Estroff Marano, editora da revista Psychology Today.
Atualmente, a escola é o único espaço em que boa parte das crianças e adolescentes tem, de fato, de assumir responsabilidades. Ao passarem pelos portões escolares, deixam o posto de príncipe ou princesinha da família para se tornar um entre tantos outros alunos. É um dos grandes pesadelos dos pais superprotetores: a exemplo do que ocorre na vida doméstica, eles exigem tratamento individualizado na escola. Sua interferência na rotina pedagógica é uma realidade que irrita professores e diretores. "Já recebemos ligações de pais indignados com uma discussão no pátio antes mesmo de os inspetores nos avisarem da briga", conta Vera Malato, coordenadora do departamento de orientação educacional do Colégio Bandeirantes, em São Paulo. Sim, em certos momentos de dificuldade, os filhos recorrem ao celular em que estão gravados os números de papai e mamãe.
Como efeito colateral da superproteção, os especialistas em educação infantil começam a notar um aumento no número de crianças ansiosas e inseguras. Não é difícil identificar uma delas em sala de aula: é a que pede atenção e aprovação para cada tarefa que realiza. Consulta os professores com frequência quase insuportável. Fora da sala, tem medo de se machucar no parquinho (mesmo essa excrescência americana que é o playground de chão emborrachado), evita ir sozinha ao banheiro, pede ajuda a todo momento. Tamanha dependência está na raiz da baixa autoestima. O problema é tão presente nas escolas que, em algumas delas, como a paulistana Emilie de Villeneuve, são feitas atividades para estimular a autonomia dos pequenos. Há, por exemplo, um "acampadentro", em que alunos de 5 e 6 anos passam uma noite na escola e são incentivados a tomar decisões simples como o que trazer, em que cama dormir e o que comer no café da manhã. Parece incrível, mas, para muitos, o ato da decisão é um tormento. Em outra iniciativa da escola, o aluno adolescente que falta à aula por motivo de doença é convidado a explicar, ele mesmo, a ausência. "Nossa ideia é que crianças e adolescentes tomem a iniciativa antes de levar as questões para o pai ou a mãe", diz Luiza Cesca, diretora do colégio.
Pergunte a um pai superprotetor por que ele age assim e a resposta será: "Só quero o melhor para o meu filho". O perfil desses pais, segundo os psicólogos consultados por VEJA, é o seguinte: nascidos na década de 60 – em geral, a partir de 1964 –, têm filho único ou filhos com grande diferença de idade. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, as famílias brasileiras têm, em média, 1,8 filho. Nos anos 70, eram 6,2 filhos. Um quarto das mães tem filho único. Elas demoraram a ter o primeiro herdeiro, que foi ansiosamente desejado e aguardado: 26% das crianças nascidas em 2008 eram filhos de pais com mais de 30 anos. Ou seja, as crianças – mais escassas – se tornaram mais "preciosas". Na casa da família paulista Toscano, cada passo de Matheus, de 13 anos, é dado sob o olhar atento dos pais. Fazer trabalho na casa dos amigos, nem pensar. "Não vejo necessidade. A maioria das mães trabalha fora e sei que a empregada não vai tomar conta", diz sua mãe, a representante comercial Dalva, de 48 anos. Só há pouco tempo o garoto recebeu autorização para esquentar a própria comida no micro-ondas. A mãe sugeriu que ele lavasse o prato depois do almoço, mas o pai vetou: "Ele tem medo que o Matheus se corte. Até hoje meu marido amarra o tênis do filho antes do jogo de futebol", afirma Dalva.
Histórias assim são comuns nos consultórios de psicólogos e pediatras. "A maioria desconhece – ou prefere ignorar – as aptidões do filho. Acredita que ele não tem idade para executar tarefas para as quais já está capacitado", diz o pediatra Ricardo Halpern, da Sociedade Brasileira de Pediatria. Certa vez, ele atendeu um menino de 10 anos que enfrentou uma situação constrangedora quando, durante uma excursão, pediu à professora que cortasse o seu bife. "A criança corre o risco de ser excluída do grupo por ser diferente das outras", afirma. Quando, durante uma partida de futebol, os pais tiram satisfação com o técnico por deixar o filho no banco de reservas ou com um colega por não passar a bola, estão tentando, erroneamente, poupá-lo de frustrações. "As crianças superprotegidas acham que os outros resolverão todos os seus problemas. Por isso, o risco de se tornarem compulsivas ou entrarem no universo das drogas é maior. Com elas, conseguem a sensação de mundo cor-de-rosa que os pais proporcionavam enquanto as mantinham dentro de uma bolha", explica a psicóloga Mara Pusch, da Universidade Federal de São Paulo.
A ciência começa a voltar sua atenção para os efeitos da superproteção no cérebro e no comportamento de crianças e adolescentes. Parece exagero? Não é. Há casos como o do menino Ivan (nome fictício), de 9 anos, que foi alimentado à base de papinha até os 3 anos. De tanto ouvir seus pais dizerem que ele poderia engasgar com comidas sólidas, o garoto passou a recusar tudo o que não fosse apresentado a ele na forma de sopa ou mingau. Ivan pode ter superado completamente essa deficiência. Mas algo em sua habilidade motora e em sua confiança pode ter sido afetado. Até bem pouco tempo atrás não se sabia disso, mas a falta de brincadeiras livres, sem a interferência de adultos, pode prejudicar o bom desenvolvimento das faculdades cognitivas. Há riscos também no excesso de preparação estudantil dos filhos. Um pai pode e deve estimular seu filho a ter atividades extracurriculares. Mas o excesso não deixa de ser um ato de superproteção e, como tal, não faz bem. Uma pesquisa da Universidade de Montreal, no Canadá, publicada no início deste ano, mostra que o nível de controle dos pais pode determinar se a criança terá uma relação harmoniosa ou obsessiva com um determinado hobby ou atividade esportiva. "Descobrimos que adultos controladores podem estimular comportamentos obsessivos em seus filhos ao ensinar-lhes que a aprovação social só se consegue por meio de excelência", escreveu uma das autoras do estudo, a psicóloga Geneviève Mageau.
Outro estudo mostra que a falta de obrigações dentro de casa tem criado uma geração pouco preocupada com o próximo. E o pior: os pais estão relutantes como nunca em pedir ajuda doméstica aos filhos. De acordo com os psicólogos ouvidos por VEJA, não há nada de errado em distribuir tarefas: é bom para a autodisciplina e para ajudar a construir a autoconfiança. Pedir a um menino que lave um tênis sujo de barro ou que arrume a cama não deveria ser visto como punição. É simplesmente algo que ele deve fazer por ser parte de seu cotidiano.
"Uma criança não é um projeto, um troféu ou um pedaço de argila que se pode moldar como uma obra de arte. Só vai prosperar como pessoa se tiver permissão para ser o protagonista de sua própria vida", disse a VEJA o escocês Carl Honoré, autor do livro Sob Pressão – Criança Nenhuma Merece Superpais, publicado no Brasil pela editora Record. Eliminar do desenvolvimento infantil todo desconforto, as decepções e até mesmo a brincadeira espontânea – e ainda por cima pressionar as crianças com a exigência de sucesso total – é um erro de rumo gravíssimo. Sem enfrentarem desafios próprios nem se confrontarem com limites, as crianças tornam-se adultos incapazes de superar as vicissitudes (veja o quadro abaixo). As consequências da infância e adolescência superprotegidas já são mensuráveis: os jovens atualmente levam mais tempo para sair de casa, começar a trabalhar e formar uma família. Quando chegam ao mercado profissional, não conseguem lidar com as exigências reais. Frequentemente se sentem injustiçados e incompreendidos. E frustram-se com facilidade.
Em resumo, se você quiser ter um filho com possibilidade de ser feliz e realizado (nunca há garantias), proporcione a ele a liberdade possível em cada etapa de sua vida. E lembre-se do que disse o escritor francês Honoré de Balzac (1799-1850): "Chega um momento na vida íntima das famílias no qual os filhos se tornam, voluntária ou involuntariamente, juízes de seus pais". Para ter um julgamento razoavelmente justo, não seja negligente – mas também não seja superprotetor.
Laílson Santos

Controle férreo
"Eu faço questão de controlar as amizades da Giuliana. Quando ela está brincando no playground do condomínio, dou uma espiada pela janela a cada quinze minutos. Se escuto algum coleguinha falando palavrão ou sendo mal-educado, chamo minha filha e a proíbo de brincar com ele de novo. Gosto de conhecer também os pais dos amigos dela. Se eles são mal-educados, os filhos não serão diferentes. Sobre os amigos virtuais, eu só a deixei fazer um perfil no Orkut para que não fosse ‘digitalmente excluída’. Mas ela só entra na rede social quando a mãe está do lado. Como não sei o que posso e o que não posso permitir, controlo tudo de perto. Dentro de casa, não deixo que as meninas entrem sozinhas na cozinha por causa do risco de acidentes. Até proíbo que abram a geladeira. Sei que tenho essas atitudes por insegurança minha, mas alguns descuidos são apostas que não posso pagar. Se acontecer alguma coisa, o preço vai ser muito alto e eu prefiro não arriscar."
Marcelo Panzutti, paulistano de 36 anos, analista de sistemas, com a mulher, Luciana, de 37, e as filhas Giuliana, de 10, e as gêmeas Renata e Rafaela, de 4
Laílson Santos

Medo, muito medo
"Tenho um medo enorme de que meus filhos se percam de mim. Quando estamos na rua, não solto a mão deles por nada. Já pensei até em comprar uma daquelas coleiras de criança para o menor. Algumas mães acham isso absurdo. Eu não. Ninguém cuida melhor deles do que eu. Quando eles saem com o meu marido, por exemplo, fico apreensiva. Se vão almoçar na casa da mãe dele, ligo no mínimo quatro vezes para saber se estão bem, o que estão fazendo e o que comeram. Se a minha filha está brincando no playground e uma amiga sobe para pegar um brinquedo, ela sabe que deve esperar no térreo. Temo que o elevador quebre ou a porta se abra e ela caia no fosso. Quando a Stephanie começou a ir à escola de perua, passei uma semana seguindo o veículo para observar. Se alguma outra criança discute ou bate nos meus filhos, vou lá e brigo com ela. Não admito que ninguém chame a atenção deles."
Adriana Gil Viaro, paulistana de 30 anos, mãe de Stephanie, de 8, e Alessandre, de 3
Ernani D'Almeida

Sozinha, nem pensar
"Sou vítima de uma mãe superprotetora. Quando eu era criança, ela não me deixava participar de nenhum passeio organizado pela escola. Tinha medo de que algo me acontecesse fora do colégio. Nos dias em que não havia aula por causa de um passeio, ela passava a tarde comigo no shopping para me recompensar. Durante toda a minha adolescência, nós brigávamos muito. Ela nunca me deixava sair sozinha. Aos 15 anos, eu só podia ir ao cinema com meu namorado se ela me levasse. No fim da sessão, ela me trazia de volta para casa. Eu sentia tanta raiva que vivia dizendo que, assim que pudesse, iria embora de casa. Até hoje ela fica emburrada quando aviso que vou sair sozinha."
Alessandra Vale, carioca de 22 anos, estudante, e a mãe, Dalva Alberto, aposentada de 58
Laílson Santos

Autonomia desde cedo
"Meus filhos aprenderam a ser independentes e responsáveis desde cedo. É trabalho deles, por exemplo, alimentar e passear com o cachorro da família. Eles se revezam para isso. Cada um arruma seu quarto e cuida das próprias coisas. Eles aprenderam a guardar os brinquedos ainda bem pequenos. Eu dizia que, se algum objeto estivesse espalhado pelo chão, eles poderiam pisá-lo e quebrá-lo. Quando estão sozinhas em casa, as crianças se viram na cozinha. Elas aprenderam com o pai, que adora cozinhar, a preparar lanches e saladas. Acredito que elas devam ser fortes para superar os obstáculos e desafios que a vida apresenta. E ser independente é meio caminho andado para sobreviver neste mundo. A autonomia dos meus filhos me dá segurança e tranquilidade."
Viviani Zumpano, paulistana de 38 anos, coordenadora pedagógica, com o marido, Valter, de 50, gerente de tecnologia da informação, e os filhos Valter Zumpano Filho, de 11, e Stephanie, de 13
Humberto Michalchuk

Quem ama cuida
"Reconheço que sou uma mãe muito protetora. Quero estar sempre próxima das minhas filhas para protegê-las. Sou da opinião de que quem ama cuida. Meu marido e eu levamos e buscamos a Sthephany na faculdade todos os dias. Ela estuda longe de casa, a mais de 20 quilômetros, e é perigoso fazer esse trajeto de ônibus. Uma vez, ela foi sozinha e se perdeu. Precisei explicar, pelo celular, o caminho que ela deveria fazer até a faculdade. Minhas filhas se sentem inseguras quando estão sozinhas. Em geral, se perdem. Até hoje, nunca viajaram sem os pais. Não sei se essa insegurança se deve ao fato de que meu marido e eu nunca as soltamos. Quando a mais velha sai à noite, vou buscá-la entre meia-noite e meia e 1 hora. A Melanye ainda não sai à noite. É muito nova. Se ela vai com os amigos ao cinema à tarde, peço que volte antes de anoitecer. As meninas respeitam as regras de nossa família. Nunca brigam nem reclamam. Acho que elas se sentem mais seguras assim."
Raquel Franco Sprenger, curitibana de 38 anos, pedagoga, com as filhas Sthephany, de 18, e Melanye, de 16



domingo, 11 de abril de 2010
Eletrolipoforese ou Eletrolipólise
Essa técnica é freqüentemente utilizada em clínicas de fisioterapia dermato-funcional para redução de medidas da região abdominal, quadril e coxas por acúmulo de adiposidade.
Caracteriza-se pela aplicação de microcorrente específica de baixa freqüência que atua diretamente no nível dos adipócitos (célula de gordura) e dos lipídeos acumulados, que consequentemente produz destruição e favorece sua posterior eliminação.
Tipos de Aplicação:
- Com agulha: Nessa aplicação utiliza-se agulha de acupuntura descartável no tecido subcutâneo, a fim de servirem como condutoras da corrente elétrica que irá estimular a lipólise (redução de gordura). O campo elétrico que se origina entre as agulhas, provoca em nível local uma série de manifestações, fisiológicas que são responsáveis pelo fenômeno da eletrolipoforese.

- Sem agulha: Essa aplicação é feita por eletrodos de silicone com gel condutivo, dispostos na região de acúmulo de gordura, dando origem as manifestações fisiológicas responsáveis pela eletrolipoforese.

Tratamento:
A sessão dura em torno de uma hora, após o procedimento pode ser realizados tratamentos complementares como: Estímulo muscular, drenagem linfática, entre outros, de acordo com as necessidades de cada paciente. Antes de iniciar o tratamento a paciente é submetida à avaliação fisioterapêutica.
Indicações:
- Gordura Localizada;
- Celulite.
Contra-Indicações:
- Lesões de pele;
- Tumores malignos;
- Pacientes em tratamento com cortocóides e progesterona prolongados;
- Pacientes com mioma uterino;
- Pacientes com implantes metálicos na área a ser tratada;
- Gravidez.
Fonte:
-SCORZA, F. A,; FIGUEREDO, M. M.; LIAO, C. O.; BORGES, F. S.; Estudo comparativo dos efeitos da eletrolipólise com uso de tens modo brust e modo normal no tratamento de adiposidade localizada abdominal. Rev. Ensaios e ciência: ciências biológicas, agrárias e da saúde, v.12, 2008, p. 49 – 62.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
domingo, 4 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Feira da Gestante, Bebê e Criança - Campinas
Data:
06 a 11 de Abril
Local:
Shopping Iguatemi Campinas
Horário:
Terça a Sexta-feira das 14:00 às 22:00h
Sábado das 10:00 às 22:00h
Domingo das 11:00 às 20:00h
ENTRADA FRANCA
Estacionamento PAGO no local
http://www.feiradobebe.com.br/
Fisioterapia pode reduzir risco de depressão pós-parto
A depressão pós-parto prejudica tanto a mãe quanto o bebê. Apesar de raro, um dos riscos é o de a mulher chegar a matar a criança. Os mais comuns, por sua vez, são dificuldades para amamentar e cuidar dos pequenos, que dependem disso para o desenvolvimento. E, de acordo com um estudo divulgado na publicação Physical Therapy, da Associação Americana de Fisioterapia, um programa de exercícios fisioterápicos e educação sobre saúde pode reduzir as chances de desenvolver o problema.

Para chegar a essa conclusão, Maria P. Galea, da Universidade de Melbourne, na Austrália, e seus colegas contaram com 161 mulheres que deram à luz no Hospital Angliss, também na Austrália. As participantes foram divididas aleatoriamente em três grupos
O primeiro era composto por 62 delas, que se comprometeram a fazer com seus bebês, uma vez por semana durante dois meses, exercícios físicos orientados por um fisioterapeuta, além de cumprir 30 minutos de aula de educação parental com profissionais da saúde. O segundo, com 73 voluntárias, recebeu apenas o material escrito de educação. O último, com 26, não teve qualquer intervenção.
Todas as mulheres foram avaliadas no início do projeto, após oito semanas e, então, quatro semanas mais tarde. Tiveram de responder questionários sobre bem-estar, depressão e quantidade de exercícios físicos.
Segundo o site Science Daily, os resultados indicam que houve melhoras significativas no bem-estar e de sintomas depressivos até o fim das análises no primeiro grupo em comparação com os outros. O número de pacientes identificadas com chance de ter depressão pós-parto foi reduzido em 50%.

quarta-feira, 17 de março de 2010
CineMaterna - 23 de março - Campinas

Dia: 23 de março - terça-feira
Local: Cinemark Iguatemi Campinas
Horário: 14h
Elenco: Robert Pattinson, Emilie de Ravin, Pierce Brosnan, Chris Cooper
Direção: Allen Coulter
Gênero: Drama
Duração: 128min
Classificação indicativa: 12 anos
Sinopse:Dois jovens amantes (Robert Pattinson, de Ravin) têm sua relação ameaçada enquanto tentam lidar com suas respectivas tragédias familiares.
Assista ao trailer