Marlene Bergamo/Folha Imagem
Lis Pereira Geimer, de um mês e meio, toma banho em um balde comprado na rua 25 de Março, centro de comércio popular em SP
Estripulias à parte, o que está atraindo as mães para o acessório é a promessa de um bebê mais tranqüilo, propagada em sites de relacionamento e listas de discussão na internet. "À noite, dou o banho e ela dorme durante horas", confirma.
Para o obstetra Antonio Júlio Barbosa, do hospital e maternidade Santa Catarina, a principal vantagem desse tipo de banho em relação ao de banheira é que o bebê "se molda" ao acessório. "Ele tem mais contato com a água, o que mimetiza o meio intrauterino, que é o que se deseja quando o bebê acabou de nascer", afirma.
O neonatologista Carlos Eduardo Corrêa, que apresentou a "técnica" a Talitha Pereira, indica o balde para o banho da maternidade e para os primeiros dias de vida do bebê. "Acho que fica mais fácil para os pais segurarem, e a criança chora menos.
Faço o banho com o bebê enrolado em um pano, na água quente", diz. O médico afirma que, por volta dos sete meses, quando a criança começa a querer ficar em pé, o balde é mais seguro do que a banheira.
A arquiteta Roselene Araújo, 44, mãe de Beatriz, 10, Heloísa, 9, e Isabela, 7, tem experiência de sobra com o utensílio -sua primogênita tomou banho de balde desde os primeiros dias até os seis anos de idade.
Durante a gestação de Heloísa, Roselene trocou o balde pela TummyTub, que descobriu na internet. O modelo, desenvolvido na Holanda especialmente para bebês de até seis meses de vida, precisou ser importado.
Muito semelhante a um balde, a TummyTub é transparente e possui alguns itens de segurança, como base antiderrapante e um centro de gravidade que ajuda a evitar acidentes. A desvantagem é o preço. Enquanto o balde comum custa menos de R$ 15, o de grife pode ser encontrado em lojas de artigos infantis por até R$ 140.
Embora bebês pequenos como Lis consigam ficar sem apoio no balde por um tempo, o ideal é suspendê-los com as mãos pela região axilar.
Vídeo - Banho no "Balde"