sexta-feira, 30 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
O parto é delas
Foto: Marcelo Min)
Na água e sem anestesia? No país campeão mundial de cesarianas, pode parecer coisa de gente maluca. Na verdade, trata-se da escolha consciente de mulheres que, alheias ao apelo do parto “prático, rápido e indolor” prometido pelos defensores da cesárea com hora marcada, decidiram vivenciar o nascimento de seus filhos com a maior naturalidade possível. O que envolve também abrir mão de tecnologias e de intervenções médicas desnecessárias. Se a gestação for de baixo risco, o parto normal é mais seguro para a mãe e para o bebê.
Embora o Conselho Federal de Medicina (CFM) proíba tratar a cesárea como procedimento eletivo, há profissionais que indicam a intervenção assim que a gravidez completa 38 semanas (uma gestação normal dura cerca de 40 semanas, podendo ir até 42). Um risco não informado é o de que a cesárea realizada antes que o feto esteja com os pulmões completamente maduros acarreta dificuldades respiratórias. Por esse motivo, muitos bebês hoje nascem e vão direto para a UTI.
O mesmo estudo da Fiocruz derruba um argumento muito freqüente, o de que as próprias mulheres brasileiras desejariam o parto cesáreo: 70% das gestantes não manifestaram preferência pela cesariana no início da gravidez, mas quase 90% a fizeram. “Isso indica que há um convencimento durante o pré-natal”, afirma Lena Peres, do Departamento de Ações Estratégicas do Ministério da Saúde.
“Cesariana é uma técnica. Parto normal, uma arte”, diz o obstetra Jorge Kuhn, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Muitos médicos se formam sem saber fazer parto normal”, afirma a doula e educadora perinatal Ana Cristina Duarte, coordenadora do Grupo de Apoio à Maternidade Ativa (Gama). A doula é uma acompanhante de parto treinada para oferecer suporte físico, emocional e afetivo.
Uma médica e uma enfermeira estavam ao lado do casal de músicos Márcio e Isadora, quando Lia nasceu, no final da madrugada do dia 22 de maio (Foto: Marcelo Min)
“É o parto normal Frankenstein: parece um monstro, de tão medicalizado”, diz Jorge Kuhn, da Unifesp. “O modo como algumas mulheres são tratadas acaba gerando um trauma do parto. Se você perguntar como foi, ela vai falar que foi horroroso, que teve de ficar sem acompanhante, onde não conhecia ninguém, sem apoio emocional”, explica a obstetra Andrea Campos. Nesse contexto, é inevitável que o parto perca sua dimensão emocional e afetiva e se transforme num obstáculo a ser superado – e a opção pela cesárea pode parecer mais atraente.
A radiologista Ilka Yamashiro Murakoshi, que teve sua filha Beatriz, de 9 meses, num parto domiciliar, conhece de perto essa rotina. “É o que estamos acostumados a ver em hospital onde se faz residência. São cerca de oito mulheres no mesmo quarto, todas em trabalho de parto com ocitocina, cada uma num estágio diferente de dilatação: uma grita, todo mundo grita”, conta Ilka.
A médica Andrea Campos aguarda, pacientemente, a hora do bebê e da mãe (Foto: Marcelo Min)
“Teria outro filho em casa”
Um gemido longo vindo do quarto do casal corta o silêncio da noite e percorre de alto a baixo o sobrado. É madrugada do dia 22 de maio, feriado de Corpus Christi, e a musicista Isadora Canto, grávida de 40 semanas e 5 dias, está em trabalho de parto de seu segundo filho. O marido, o músico Márcio Arantes, permanece ao seu lado. Uma doula cuida para que eles se sintam seguros. Faz massagens e sugere posições para ajudá-la a enfrentar a dor.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Drenagem Linfática Manual
A drenagem linfática manual é uma técnica de massagem manual, que utiliza movimentos leves e lentos. Esses movimentos são realizados no sentido do fluxo linfático fisiológico.
Quais são os benefícios?
- Redução da retenção de líquido;
- Prevenção/redução de edema;
- Renovação do líquido intersticial;
- Melhora da oxigenação dos tecidos;
- Ativa, limpa, regula e nutre os tecidos.
- Auxilia na eliminação de dejetos metabólicos;
- Reforça autodefesa do organismo;
- Promove sensação de bem-estar por promover relaxamento;
- Contribui para alívio de cansaço em membros inferiores.
Como são as sessões?
As sessões são realizadas uma ou mais vezes por semana (de acordo com avaliação), com duração de uma hora. Gestantes e Pós-Parto imediato uma hora e meia de duração.
Local de atendimento?
Atendimento Domiciliar, CardioClínica - Cambuí, Espaço Sabiah - Barão Geraldo.
Quando devo iniciar a Drenagem Linfática Manual?
- Após 12 semanas de gestação;
- Pós-Parto;
- Pós-cirurgia;
- Quando achar necessário realizar cuidados com o corpo;
- Presença de edema/inchaço;
- Em casos de indicação médica.
Importante: É necessário realizar avaliação inicial antes de iniciar o tratamento.
Diga NÃO! Ao projeto de lei do ATO MÉDICO!
Basta escolher o seu estado, preencher os campos com seu nome e e-mail e clicar em “enviar”.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Crianças que brincam com bonecas se tornam pais amorosos
Com base na filosofia educacional Waldorf/Rudolf Steiner, que segue a premissa de que as crianças passam por estágios específicos em que há uma propensão para aprender de certa maneira, o título apresenta brincadeiras divertidas e imaginativas que ajudam no desenvolvimento dos bebês de três meses a dois anos.
"Tanto meninos quanto meninas precisam reencenar o cuidado que recebem, e brincar de boneca contribui para que as crianças se tornem pais amorosos", indicam os autores.
No trecho extraído do título, Clouder e Nicol ensinam aos pais como fazer uma boneca simples, mas importante para o desenvolvimento dos filhos.
Boneca carinhosa
As medidas sugeridas podem ser ajustadas ao material que você tiver (para criar bonecas de tamanhos diferentes), mas mantenha a proporção.
Material:
- Lã de carneiro não fiada (ou estopa de algodão 100%). Desfie a lã de carneiro antes de usar, separando delicadamente as fibras densas. Um pente grosso pode auxiliar no processo.
Como fazer:
1 Faça uma cabeça para a boneca formando com a lã não fiada uma bola firme com cerca de 9 cm de altura. Envolva a bola com um quadrado de lã não desfiada e elimine o excesso de linha - mas deixe um pouco de lã sobrando para dar estabilidade ao pescoço.
2 Envolva a cabeça com um quadrado de tecido branco e amarre com um fio de lã ou linha, deixando o excesso.
3 Escolha o lado da cabeça em que fará o rosto e alise o tecido na parte de trás, prendendo a cabeça com um fio de lã forte atrás e costurando no lugar.
4 Envolva a cabeça firmemente com o tecido cor da pele, com o fio do tecido correndo na vertical. Sobreponha as bordas na parte de trás da cabeça, vire a borda inferior e faça uma costura vertical. Amarre o pescoço com um fio de lã forte e costure no lugar.
5 Puxe a borda superior do tecido cor da pele para trás da cabeça, vire para baixo da borda inferior e costure firmemente.
6 Costure as características faciais, mantendo expressões simples, com os fios de bordar vermelho e azul para os olhos e a boca. Costure através da cabeça, da frente até o lado, para fazer cada ponto.
7 Corte um pedaço de tecido de cerca de 24 x 6 cm para os braços. Dobre na metade do comprimento, juntando as pontas do lado direito. Corte um buraco para o pescoço na borda dobrada. Costure as mangas vire o lado direito para fora.
8 Corte outro pedaço do mesmo tecido para as pernas medindo cerca de 30 x 22 cm. Dobre na metade pela largura, juntando as pontas do lado direito e costure seguindo o comprimento para formar um tubo.
9 Dobre o tubo novamente para que a costura fique atrás. Desenhe o contorno da parte interna da perna no tecido e faça uma costura contínua. Corte o material entre as pernas, perto das costuras.
10 Dobre cada perna como se fosse passar um vinco no centro, e faça a costura da base da frente para trás, fazendo uma curva suave em direção à dobra. Corte o excesso de tecido e vire o lado direito para fora.
11 Monte a boneca. Passe o pescoço pelo buraco na borda dobrada da parte dos braços e costure para firmar o pescoço. Faça um pequeno saco com o tecido restante e encha-o com bastante lã. Isso vai formar ocorpo, ou estômago, da boneca. Costure-o firmemente na ponta da cabeça que forma o pescoço.
12 Coloque o enchimento na parte da perna e costure em volta da cintura. Prenda as pernas ao corpo, puxando a linha da cintura sobre o estômago. Puxe os fios para apertá-los e costure a parte das pernas ao estômago.
13 Encha a parte dos braços e depois puxe o tecido para baixo para encontrar a parte de baixo na linha da cintura. Vire as bordas inferiores e costure no lugar.
14 Faça uma mão usando um pedaço de tecido cor da pele com cerca de 6 x 4 cm. Dobre ao meio no sentido da largura, juntando o lado direito, e desenhe o contorno de uma mão. Costure em volta do contorno, deixando uma abertura no pulso para o enchimento. Faça a mesma coisa com a outra mão.
15 Vire as bordas inferiores dos pulsos da parte dos braços, faça alguns pontos soltos, alinhave os pontos e segure. Vire o lado direito da mão para fora, encha levemente e costure na ponta do pulso.
16 Costure os fios do cabelo, prendendo-os firmemente. Faça alguns pontos largos em torno dos calcanhares para criar o formato dos pés.
Dicas:
Coloque as características mais simples que puder.
Se acrescentar cabelo, prenda-o muito bem e use fios que não soltem fibras.
Escolha um tecido macio, lavável - atoalhado, flanela ou seda -, pois precisará ser lavado sempre.
Evite materiais sintéticos.
Se quiser acrescentar roupas ou chapéus, use cores lisas e evite cores berrantes.
Use tecidos coloridos que reflitam a diversidade racial.