terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Pesquisa da Fiocruz investiga aumento de cesarianas no país

12/02/2012 - 10h40
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai entrevistar 24 mil mulheres que tiveram bebê recentemente (pós-parto) para descobrir o porquê da preferência de muitas brasileiras pela cesariana. Dados do Ministério da Saúde indicam que, em 2010, 52% dos partos no país foram cirúrgicos. Na rede privada, o índice chega a 82% e na rede pública, a 37%.
A pesquisa vai verificar com a mãe qual foi a indicação médica para o tipo de parto, onde foi feito o pré-natal e se o profissional que acompanhou a gestação foi o mesmo que realizou o parto. No caso de mulheres que passaram por cesariana, será perguntado o motivo da escolha.
Doula há cinco anos, Rachel Bessa oferece apoio a mulheres grávidas para alcançar o bem-estar físico e emocional durante a gestação e o parto. Ela explicou que o parto normal é um ato de respeito ao próprio corpo feminino, enquanto a cesariana exige um procedimento cirúrgico com riscos, como a hemorragia interna.
Outra desvantagem, segundo Rachel, é que, após a cesariana, a mãe não pode ficar junto com a criança imediatamente porque precisa se recuperar da cirurgia – mesmo que o bebê necessite desse primeiro contato já que, por meio dessa aproximação, é possível, por exemplo, controlar a temperatura corporal.
“Além disso, durante o parto normal, acontece uma compressão natural no peito da criança. Com isso, todo o resquício de líquido, próprio da gestação e que pode estar dentro da criança, é limpo. É um processo natural. No caso da cesárea, é usada uma sonda para a retirada desses líquidos.”
Lais Ignácio, 25 anos, é nutricionista e está grávida do primeiro filho. “Pretendo ter parto normal, mas vai depender da situação na hora”, disse. Apesar do receio da dor, ela explicou que prefere parto normal porque a recuperação é mais simples. “O corpo feminino foi preparado para isso”, completou.
Catiana Ferreira, 29 anos, trabalhadora doméstica, compartilha o sentimento de ansiedade. Grávida do primeiro filho e já no oitavo mês de gestação, ela disse que ainda não recebeu uma indicação médica sobre que tipo de parto optar. “Quero parto normal, porque é mais rápido e recupera logo. Assim, não necessito de muito repouso já que preciso voltar a trabalhar.”
Já Maria de Fátima Oliveira, 36 anos, fará uma cesariana, mesmo preferindo o parto normal. A empregada doméstica está grávida do primeiro filho, mas tem um mioma que pode complicar o procedimento. “Se não fosse esse problema, faria o [parto] normal, porque a recuperação é mais rápida e mais saudável”, disse.
De acordo com o Ministério da Saúde, as chamadas cesáreas eletivas são as que mais representam risco. Nesse tipo de procedimento, a mãe agenda o dia e o bebê nasce sem que a mulher entre em trabalho de parto, o que pode causar problemas de saúde, sobretudo respiratórios, na criança.
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Programa EPTV Comunidade

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Respira, bebê

Nascer de parto natural pode ser bem melhor para o bebê, mesmo antes do tempo

Um novo estudo mostrou que até mesmo os bebês nascidos prematuramente são beneficiados pelo parto natural, já que a cesárea pode interferir no desenvolvimento do pulmão dos pequenos.

Os pesquisadores descobriram que os bebês pequenos, nascidos através da cesárea e antes da 34ª semana de gestação, tinham mais chances de desenvolverem síndrome de sofrimento respiratório do que aqueles nascidos de parto natural no mesmo período gestacional.

A pesquisa, chamada de Métodos de Nascimento e Resultados Neonatais para bebês prematuros ou pequenos para a idade gestacional, foi comandada pela escola de medicina Johns Hopkins, dos Estados Unidos.



Foram analisados 2.560 bebê que estavam abaixo do tamanho esperado durante o desenvolvimento gestacional e que nasceram prematuramente. Cesáreas são comuns para bebês diagnosticados com restrições de nascimento intrauterinas.

Os pesquisadores mostraram que aqueles nascidos através cesárea antes da 34ª semana de gestação têm 30% mais chances de desenvolverem a síndrome de sofrimento respiratório do que aqueles nascidos de parto natural nas mesmas condições.

Partos prematuros, realizados antes da 37ª semana de gravidez, estão entre as principais causas de morte entre os recém-nascidos, e um milhão de crianças morrem em todo mundo a cada ano por nascer antes do tempo.

Os bebês que sobrevivem sofrem com os problemas de saúde relacionados ao parto ao longo da vida, como complicações respiratórias, atrasos mentais, dificuldades de aprendizado, entre outros.

A March of Dimes defende que, se a gestação é saudável e sem complicações que exijam um parto prematuro, a mãe deve entrar em trabalho de parto naturalmente, ou esperar até, pelo menos, até a 39ª semana de gravidez. Muitos dos órgãos dos bebês, incluindo o cérebro e os pulmões, não estão completamente desenvolvidos até este período gestacional.

Observação: Lembre-se que a gestação pode chegar até 42 semanas!!


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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Pesquisa: Parto Normal ou Cesárea?

Pesquisa vai ouvir brasileiras sobre preferência por cesária no parto


O estudo foi encomendado pelo Ministério da Saúde e ouvirá 24 mil mulheres que tiveram filhos recentemente. Na rede privada brasileira, 82% dos partos são cesarianas.

Pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde vai ouvir 24 mil brasileiras, que tiveram filhos recentemente, para saber por que metade delas opta pela cesariana em vez de parto normal. O estudo será feito pela Fundação Oswaldo Cruz.



A Organização Mundial de Saúde recomenda que a taxa de cesariana não ultrapasse 15%, mas no Brasil a realidade é praticamente inversa. Na rede pública, esse índice é de 37% e na rede privada, é ainda maior: 82%.

Para a medicina, tanto o parto normal quanto a cesariana oferecem riscos, mas, no segundo a possibilidade de infecção, hemorragia ou acidentes anestésicos é maior.

De acordo com o presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília, a cesariana é recomendada nos seguintes casos:

- Quando houver complicações no parto normal.
- Quando a mãe tem uma doença crônica.
- No caso de parto de trigêmeos.
- Quando a mulher pede para que seja assim.

Muitas mulheres têm medo da dor do parto normal, mas ele pode ser feito sem dor. Segundo o Ministério da Saúde, é um direito da mulher ter a assistência de um anestesista.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Ginecologia, Alberto Zaconeta, as cesarianas só irão diminuir quando as mulheres e os hospitais mudarem a mentalidade. “Para você ter parto normal, cada hospital privado teria que ter uma equipe com enfermeira e obstetra, não para atender as emergências, mas para acompanhar esses pacientes.


Assista o Video!



Fonte:http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2012/02/pesquisa-vai-ouvir-brasileiras-sobre-preferencia-por-cesaria-no-parto.html
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